O município de Alfândega da Fé viu aprovado o empréstimo do Fundo de Apoio Municipal, no valor de 542 mil euros.
A presidente da autarquia esclarece que com esta ajuda de urgência a dívida será reestruturada, para garantir melhores condições de pagamento.
Berta Nunes salienta que o passivo da câmara tem vindo a ser reduzido, mas o elevado valor pago ao banco, em juros, não permite folga nas contas, nem novos investimentos.
“Para reestruturar a divida a médio-longo prazo, para diminuirmos os juros e para que o peso da dívida seja menor nas nossas contas.
Temos pago encargos de dívida, normalmente, à volta de 2 milhões de euros por ano ,entre juros e amortizações, e queremos baixar o valor para podermos ter alguma margem para investir e para cumprir melhor as nossas funções.”
A autarca adianta que, desde o final do ano passado, os pagamentos a curto prazo aos fornecedores são feitos em 11 dias. Para Berta Nunes, o maior problema são mesmo os encargos com a dívida a médio e longo prazo.
“Nós este ano temos transferência do Estado DE 5 milhões e 400 mil euros, à volta disso.
De pessoal, pagamos 2 milhões e oitocentos, e de encargos da dívida cerca de 2 milhões.
Nós estamos numa situação financeira complicada. Claro que temos também receitas próprias, mas este peso dos 2 milhões por ano que nós estávamos a pagar dos encargos da dívida é muito para nós. Nesta ida ao FAM umas das condições é renegociar a divida de forma a tornar sustentáveis as finanças municipais. “
Alfândega da Fé foi obrigada a recorrer ao Fundo de Apoio Municipal por ter uma dívida total 3 vezes superior às receitas médias dos últimos três anos.
A autarca garante que a situação se prende com a dívida herdada, em 2009, de 24 milhões de euros. De acordo com Berta Nunes, esse valor foi até ao momento reduzido para os 20 milhões de euros.
Informação CIR (Rádio Brigantia)