Hoje é o Dia Internacional do Burro. Uma data assinalada pela associação para e estudo e protecção do gado asinino, com sede em Atenor, no concelho de Mirando do Douro, com uma iniciativa que pretende retirar a carga negativa muitas vezes associada ao animal.
Para isso, desafia as pessoas a usar orelhas de burro, que podem ser descarregadas no site diadoburro.pt e ao mesmo tempo recriar um provérbio que envolva o animal, como explica Joana Braga desta associação.
“A AEPGA está a convidar todas as pessoas a comemorá-lo (Dia Internacional do Burro) de forma a ilustrar umas orelhas e a reinventar um ditado português.
Ao invés de ser um ditado dos que estamos habituados a ler e ouvir, onde o burro é tratado de forma pejorativa, estamos a desafiar as pessoas para recriarem um onde o animal seja elogiado.”
O desafio segue nas redes sociais. Uma foto com as orelhas ilustradas e um cartaz com o provérbio alterado deve ser publicada com a Hashtag #diadoburro.
A associação deixa um exemplo.
“Um burro carregado de livros é um doutor”, e a Associação recriou este ditado, e também um selo positivo para o animal – “Um burro carregado de respeito é um burro feliz” – e é nesse sentido queremos está e quer continuar a trabalhar, pelo bem-estar, qualidade de vida e felicidade destes animais.
Pretende-se desta forma que a celebração do dia internacional do burro chegue a mais pessoas. As três melhores homenagens ao animal serão premiadas com entradas no Festival “L Burro e L Gueiteiro”.
Mas apesar do incentivo o verdadeiro objectivo é passar a mensagem de que o burro de Miranda continua a precisar de protecção.
“A raça asinina de Miranda ainda está particularmente ameaçada de extinção, pois o número de fêmeas reprodutoras é inferior a 1000.
No entanto, o grande objetivo da associação, é procurar que, com o aumento dos nascimentos, hajam bons criadores que vão ficar com esses burros. Se não encontrarmos bons proprietários acho que não estamos a ajudar a salvaguardar a raça.”
O slogan da AEPGA continua por isso a ser “Burros há muitos, mas estes estão em extinção”.
Informação CIR (Rádio Brigantia)