Benefício da vindima de Vinho do Porto fixado em 111 mil pipas

111 mil pipas é o benefício da vindima deste ano para o Vinho do Porto, a decisão foi tomada esta semana no conselho interprofissional do Instituto do Vinho do Douro e Porto.

Manuel Novaes Cabral presidente do IVDP diz que o benefício teve em conta dois factores primordiais, os dados da comercialização e a avaliação dos stocks.

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“Houve uma aproximação de posições entre a produção e o comércio que conduziu a esta conclusão. Este ano a região precisa de um quantitativo de 111mil pipas para se chegar a este número há basicamente dois fatores, primeiro são os dados da comercialização com duas vertentes aquilo que se vendeu, o que foi a comercialização do vinho do porto e as espetativas de vendas, portanto o passado e o futuro, as vendas estão estáveis e o segundo são os stocks, a avaliação dos stocks porque estamos a falar de um setor, de um produto que exige por causa da lei do terço exige uma estocagem muito grande e a estocagem tem vários efeitos desde logo financeiros mas tem outros o que tem a ver com o posicionamento das empresas relativamente aos compradores, às vendas, logo é muito importante fazer uma avaliação daquilo que são os stocks existentes do vinho do porto.”  

O presidente do IVDP sublinha que esta é o primeiro comunicado de vindima de um “novo tempo” depois do processo de passagem da Casa do Douro a associação privada.

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“O que nos permitiu convocar o Conselho Interprofissional e isso já é uma competência do IBDP a tempo de estabelecer o Comunicado Vindima e eu lembro que legalmente está previsto que o Comunicado Vindima tem de ser aprovado em cada ano até ao dia 31 de Julho e portanto nós conseguimos fazer a convocação do Conselho Interprofissional e gostaria de sublinhar também que os conselheiros do Conselho Interprofissional mostraram aqui uma boa capacidade de reflexão e de decisão tomando a decisão relativa a vindima deste ano e portanto estamos a falar efetivamente de um novo tempo que nos permite agora refletir sobre as grandes questões estruturais da região e encontrar a melhor forma estável para as melhores soluções.”

António Lencastre, presidente da Federação Renovação do Douro, que agora lidera a Casa do Douro, refere que a produção “sai confortável” quer pelo volume, quer pelas expectativas de preços.

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“A produção sai confortável eu acho que o conforto tem de ser em volume e tem de ser em espetativa de preços, em ambos os lados a gente sai consciente de que há crescimento quando as coisas acontecem bem e acho que nada melhor que nesta primeira vez terem acontecido de forma a alcançar as nossas espetativas.”

António Saraiva da Associação das empresas de vinho do Porto diz que apesar de não ser um quantitativo que o comércio defende, o facto de ter havido um acordo deixa-o satisfeito.

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“Nós saímos daqui satisfeitos, não tivemos aquilo que pretendíamos mas a região sobrepõem-se muitas vezes aquilo que a gente pretende, que é o bem comum e perante isso saímos extremamente satisfeitos porque chegamos a um acordo de compulsão é uma nova fase para a região com os novos Conselhos do Interprofissional e portanto o fato de termos fixado por acordo sobrepõem-se a todo o resto, logo saímos muito satisfeitos. Nós defendíamos mais beneficio porque a redução das vendas surpreende as pessoas porque as empresas tem tido até a data uma posição um bocadinho diferente porque nós como industria responsável defendíamos menos beneficio e a produção defendia mais, portanto os papéis estavam invertidos, agora os posições voltaram a fase em que deveriam estar em que a produção defende menos e o comercio defende mais um bocadinho, mas as coisas já entraram no regulamento normal e enfim o beneficio é um pouco inferior aquilo que nós pretendíamos também não tanto para dar resposta as necessidades do mercado.”

O conselho interprofissional do IVDP fixou para este ano como benefício 111 mil pipas de vinho do Porto.

 

Informação CIR (Universidade FM)