Primeiros refugiados podem chegar à região para a semana

Primeiros refugiados podem chegar à região para a semana

O Instituto Politécnico de Bragança e a Diocese de Bragança – Miranda vão acolher refugiados provenientes do fluxo migratório causado pela guerra na Síria, no Iraque e no Afeganistão.

 

De acordo com o Jornal de Notícias, os primeiros refugiados devem chegar na próxima semana, segundo divulgou ontem fonte oficial da Comissão Europeia, não se conhecendo ainda o número de pessoas que Portugal vai receber.

O presidente do Instituto Politécnico de Bragança, Sobrinho Teixeira sublinha o exemplo que a instituição dá ao país ao nível da integração de alunos estrangeiros.

 

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“Ainda não começaram a chegar os novos refugiados mas espera-se que cheguem no final de outubro. O IPB já disponibilizou nessa plataforma para poder receber mais alunos e é também um grande exemplo que a instituição de ensino está a dar.

Temos, na nossa instituição, 63 países representados neste momento. Temos de pôr realidades culturais, do ponto de vista racial e religioso que são completamente diferentes das nossas. Mas um dos grandes exemplos que estamos a dar ao país é o valor da tolerância, mostrar que podemos acomodar no seio da nossa sociedade pessoas naturalmente diferentes mas que conseguem estar em comunhão e compartilhar aquilo que é a sua realidade com toda a academia do IPB.”

Este ano o IPB espera receber 1500 alunos estrangeiros, sendo que muitos deles ainda não chegaram devido à burocracia inerente ao processo de obtenção dos vistos. Nesta altura, estão já a frequentar o IPB quatro alunos sírios, que vieram para Bragança ao abrigo do Programa Jorge Sampaio – Plataforma Global de Assistência Académica de Emergência a Estudantes Sírios, criada em 2013.

Já a Diocese de Bragança – Miranda vai disponibilizar quatro casas para acolher refugiados. A par do projecto que a Santa da Misericórdia de Bragança está a desenvolver, a diocese também vai propor o acolhimento de refugiados, como explica o bispo diocesano D. José Cordeiro.

 

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“Com as casas que temos, e, concretamente, além de alguns projetos de outras instituições, como é exemplo a Santa Casa da Misericórdia de Bragança, dispomos já de 4 lugares para o acolhimento dessas pessoas que estão agora a ser acompanhados e estudados para serem propostos à plataforma nacional de forma inteligente e hospitaleira, própria do nosso espírito transmontano, cristão e de vivência do Evangelho.

Algumas casas são nossas e uma delas é de uma família que a ofereceu à Cáritas Diocesana para dispor dela e acolher uma família de refugiados.”

A proposta para acolhimento de refugiados vai ser entregue na Plataforma de Apoio aos Refugiados. Até que obtenha luz verde, o bispo não quer revelar quais os edifícios em causa.

José Cordeiro salienta, no entanto, que o mais importante neste processo é o acolhimento e a prestação de ajuda aos refugiados de guerra.

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“Primeiro, o objetivo é acolher. Mas são louváveis todas as iniciativas que tenham por base a promoção da dignidade humana e o acolhimento das pessoas feridas da guerra, da fome, da falta de dignidade. E, por isso, estamos dispostos, com coragem e confiança, a colaborar naquilo que nos for possível, e dentro das nossas limitações, a todas estas pessoas, a partir do momento em que formos contactados, porque, de momento, é só disponibilizar como já fizemos.”

Ainda não é conhecido o número de refugiados que podem ser acolhidos no distrito de Bragança. O Instituto Politécnico, a Diocese de Bragança-Miranda e a Santa Casa da Misericórdia de Bragança já mostraram a sua disponibilidade para acolher alguns dos refugiados que vêm para Portugal.

Informação CIR (Rádio Brigantia)

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