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Casas que se movem, que ondeiam e serpenteiam. “E pur si muove”.
É esta a expressão latina (“e, no entanto, ela move-se”), atribuída a Galileu Galilei, que batiza as 24 peças de Rui Borges expostas no Centro Cultural de Macedo de Cavaleiros.
“São todas casas reais, embora com algumas adaptações.
São casas que eu retiro da Internet, mas depois faço-lhes uma adulteração, uma desvirtuação. A apresentação tem uma série de linhas perpendiculares, estáticas. Depois, dou-lhes vida. As linhas que elas retas passam a ser curvas. Algumas são casas de cenários de guerra, onde as cores predominantes são as de terra, as argilas. Infelizmente, são casas reais nesse caso, são ruínas.”
Aguarelas que aguçam os sentidos e a imaginação, considera Duarte Moreno, presidente do município.
“Gostei do conceito. Está muito bem apanhado. São casas que estão menos bem conservadas. Gostei também das cores. Eu sou daltónico, e não as vejo todas. Gostei de dar largas à imaginação. Consigo ver de tudo: casas que me comem, que parecem barcos, que foram empurradas.
O Rui Duarte foi feliz com esta forma de nos trazer em aguarela esta exposição, acessível a todos os públicos. E todos nós podemos ver o que quisermos em cada uma das imagens.”
A exposição está patente no Centro Cultural da cidade até 6 de janeiro.
Escrito por ONDA LIVRE