Sandra Grilo foi reeleita presidente da comissão política concelhia de Mirandela do CDS/PP, até 2018. Ganhou as eleições do passado sábado, com um total de 48 votos contra os 24 de Fernanda Ferreira que liderava a lista adversária.
Sandra Grilo confessa que já esperava a vitória
“Estava à espera da vitória, mas achava que a diferença de votos entre as duas listas fosse menos. De qualquer forma, tudo correu bem e dentro da normalidade. Agora, há que arregaçar as mangas e trabalharmos todos juntos.”
A presidente da concelhia de Mirandela do CDS diz não querer perder muito tempo para iniciar o processo de escolha do candidato do partido às autárquicas do próximo ano. Sandra Grilo avisa que a intenção é mesmo repetir a última vitória autárquica do partido, que foi protagonizada por José Gama, em 1989.
“É nesse objetivo que nos vamos focar.
Queremos mesmo ganhar, ou ficar próximo disso, nas próximas eleições.
A seu tempo, daremos a conhecer o candidato. Não vamos perder mais tempo, e começar já a trabalhar no processo autárquico.”
Fernanda Ferreira acata o veredicto dos militantes, mas considera que o ato eleitoral teve contornos muito estranhos, tendo em conta que na mesa de voto de Mirandela ganhou com 9 votos de diferença, enquanto na mesa de Torre Dona Chama não obteve um único voto.
Perante este processo tão dúbio, Fernanda Ferreira entende que não tem mais nada para dar ao CDS/PP.
“Aceito a derrota.
Sei que em Torre Dona não consegui nenhum voto, o que já era de prever. Havendo duas mesas de voto, é sempre um problema. Fico contente, porque 65% das pessoas confiaram em mim na mesa de Mirandela.
Mas, os militantes decidiram, e acho que neste momento já não tenho mais nada a dar ao CDS/PP. Não vai ser um abandono da atividade política, porque posso continuar a exercer o meu direito enquanto cidadã, mas é o fim de um vínculo para com o CDS.”
Fernanda Ferreira vai mais longe e diz que houve indicações expressas por parte da estrutura partidária para os militantes votarem na lista A, liderada por Sandra Grilo.
“Ninguém vai conseguir ganhar eleições num processo como este. Sucessivamente acontece a mesma coisa.
Na Torre, receberam uma mensagem escrita do partido para que votassem na lista A (encabeçada por Sandra Grilo). Quem não queria votar, não se dirigiu à mesa simplesmente, porque de certeza que haveria mais militantes.
Parece-me que, fazendo eu o trabalho que faço em Torre Dona Chama, e tendo desenvolvido lá trabalho, era normal que alguém pudesse ter votado em mim, o que não aconteceu, e deixa um sabor estranho.
Aquilo que me fizeram chegar foi que as pessoas nem liam sequer o nome do cabeça de lista, porque receberam duas mensagens para votar na lista A.”
Alguns dados que Fernanda Ferreira caracteriza como muito estranhos sobre um ato eleitoral pouco concorrido, em que apenas 24 por cento dos militantes exerceram o seu direito de voto. A vitória foi para Sandra Grilo, com 66 por cento.
Informação CIR (Rádio Terra Quente)
