Macedo de Cavaleiros quer ligar-se à Rota das Judiarias, de modo a poder atrair mais turistas com os vestígios que perduram da Idade Média.
Uma possibilidade válida para todos os concelhos do distrito, além de Macedo, onde viveram famílias judaicas, como Miranda do Douro, Bragança e Moncorvo, conforme diz Duarte Moreno, autarca macedense.
“Estamos a estudar. Ainda nada está previsto. Estamos a tentar ligar-nos àquilo que já está criado, porque é o que faz sentido.
Hoje ninguém vai a Carção visitar o museu dedicado aos judeus propositadamente. Mas, se tivermos uma rota que tenha vários pontos de interesse na região, conseguiremos atrair mais turistas à região.”
A ideia salta do Sarau Judeus Transmontanos, que aconteceu este sábado à noite, em Macedo de Cavaleiros, e onde António Cravo, fundador do Museu de Salselas, apresentou o seu livro “No caminho judaico, passando pelos criptojudeus portugueses, em França”, onde, segundo resenha do autor, se acompanha a história de várias famílias que se viram obrigadas a partir do nordeste transmontano.
Os Irmãos Pereira, que levaram a primeira linha de ferro até Paris e Jacob Rodrigues Pereira, que dá nome a uma rua em Macedo de Cavaleiros, e que inventou o método de comunicação para surdos-mudos, ocupam um lugar de destaque na obra, que agora vai ser traduzida para francês e comercializada naquele país.
Não são, contudo, casos únicos, como já percebemos, e como melhor explica António Júlio Andrade, investigador na área, e que apresentou também uma dissertação intitulada “Os Judeus em Trás-os-Montes.”
A presença judaica no nordeste transmontano reavivada em livro.

Escrito por ONDA LIVRE