Atualização: 5 empresas assaltadas na Zona Industrial

Esta madrugada, 5 empresas foram assaltadas na Zona Industrial de Macedo de Cavaleiros.

Uma empresa de embalamento de cosméticos foi a primeira a notar que tinha sido visitada pelos amigos do alheio, conforme conta a responsável de produção, Marília Rodrigues.

reduzido 3

“O primeiro turno chegou às 6h da manhã. Ligaram-me, a avisar, e eu contactei a GNR e vim para a empresa.

Levaram um pequeno cofre, que tinha perto de 52€,  e um monitor do sistema de video-vigilância, apesar de o terem deixado na rua, destruído, depois de retirarem o disco rígido, onde estariam imagens.

É a primeira vez, em 8 anos, que somos assaltados. Não foi um prejuízo avultado, mas ficou remexido. Prejuízo só mesmo a janela partida, que teremos de mandar reparar.”

À medida que a manhã avançava, mais empresas perceberam que foram assaltadas. Para Humberto Trovisco, dono de uma distribuída, o dano que fica também não é muito avultado.

reduzido 3

“Dei conta logo de manhã, às 7.30h da manhã. Vi o painel da fachada da frente no chão. Entrei, desliguei o alarme, como normalmente.

Leveram-nos um computador portátil, no valor de mil e poucos euros, algum dinheiro que existia para trocos, e o prejuízo da fachada e de 2 janelas.

Em primeiro lugar, tentaram entrar no armazém, mas não conseguiram, devido aos sensores. Depois tentaram entrar pela casa de banho, até que conseguiram entrar pela frente do edifício.

Aqui, em 2 anos e meio, é a primeira vez em que somos assaltados.”

Ali perto, uma oficina automóvel ficou sem algumas ferramentas, diz Bruno Castilho, funcionário da casa.

reduzido 3

“Fui dos últimos a chegar. Os meus colegas estavam todos na rua. Vimos uma porta pequena de entrada arrombada.

Demos, para já, falta de ferramentas.

Desde que aqui estou, é a primeira vez que somos assaltados.”

Algumas ruas ao lado, Hugo Fernandes, dono de uma carpintaria, foram alertadas por um conhecido. É a segunda vez que é assaltado.

reduzido 3

“Foram 2 máquinas de corte, e uma motoserra, e fizeram alguns estragos no material, em portas e janelas.

Serão cerca de 3 mil euros de prejuízo. Hoje de manhã, uma pessoa da minha aldeia passou aqui, ia para o trabalho, e ligou-me a dizer que a porta estava arrombada.

Já somos assaltados outra vez, e dessa foi pior.”

O maior prejuízo foi registado numa empresa de alumínios. O proprietário, Carlos Neto, soma entre 15 a 20 mil euros de prejuízo.

reduzido 3

“Normalmente, abrimos às 8.30h. O meu filho ligou-lhe cerca das 8.20h, a dizer que tínhamos sido assaltados.

Levaram um portátil, destruíram-me o cofre por completo, remexeram nos escritórios, com toda a documentação no chão.

Estamos a fazer o levantamento. Levaram tudo que estava no cofre, dinheiro, cheques, tudo.

Entre tudo, serão entre 15 a 20 mil euros de prejuízo.”

Os empresários que ficaram lesados consideram que o município e a GNR deveriam reforçar as medidas de segurança na Zona Industrial.

reduzido 3

Humberto Trovisco: Em tempos já tinha falado com o presidente da câmara, para ver se colocava umas câmaras de vigilância na iluminação pública, para detetar o movimento de carros. Na altura, o presidente achou a opinião boa. Penso que a câmara terá que tomar alguma medida sobre o assunto. O investimento não será muito, tendo em conta as empresas que estão aqui. A zona industrial está a crescer. Até agora, não houve grandes problemas, mas as coisas podem complicar-se.

Hugo Fernandes: Ou câmaras de vigilância, ou mais patrulhamento da GNR, ou uma empresa de segurança. À noite não se vê ninguém, é sossegado. Quem vier para assaltar está à vontade. A iluminação também é pouca.

Carlos Neto: Como proprietário deste armazém e como lesado, gostaria que pudesse haver mais visitas da GNR. Atendendo a todos os custos, se calhar também estarão limitados a esse nível. Mas, dadas as condições atuais, a zona industrial é convidativa a este tipo de situações.

Marília Rodrigues: Já somos algumas empresas por aqui. Segundo a GNR, há 2 rondas por noite. Mas devia haver mais vigilância. Em frente à fábrica, como podem verificar, não há luz.

Em resposta, Duarte Moreno, presidente da câmara, admite que é necessário repensar a segurança no local, que fica longe da cidade.

reduzido 3

“As preocupações dos empresários são legítimas.

Recentemente, fizemos a modificação da iluminação, do sistema tradicional para LED.

Sentimos também essa preocupação, porque a nossa zona industrial está longe do centro da cidade. Teremos que fazer uma reunião com a GNR, para ver qual será a melhor forma de tentar assegurar o património dos empresários.

Isto é um mau cartaz de visita para o nosso concelho. Vamos melhorar as condições, para que os empresários se sintam seguros naquele espaço.”

O autarca local comprometeu-se ainda a visitar as empresas assaltadas.

Contactado, o Comando Territorial da GNR de Bragança também demonstrou preocupação com esta questão, prometendo estar atento. Neste momento, a GNR está a investigar os casos, para encontrar os responsáveis por estes 5 assaltos.

 

Escrito por ONDA LIVRE