A empresa de embalagem de cosméticos e perfumes, que está desde 2009 sediada na Zona Industrial de Macedo de Cavaleiros, vai mudar-se para Bragança. Prevê-se que a deslocação seja feita entre agosto e setembro deste ano.
A capital de distrito não é uma “casa” nova, visto que a fábrica começou por estar lá instalada, entre 2007 e 2009, nas Cantarias. Agora tem em fase de construção um armazém próprio (o atual é alugado), maior do que o de Macedo, na Zona Industrial de Mós, em Bragança.
Falta de apoio do município e a sensação de insegurança, reforçada por um recente assalto, são alguns dos motivos que levam a empresa a ir-se embora, explica Marília Rodrigues, responsável de produção.
“A câmara de Bragança deu-nos mais regalias. Aqui (em Macedo) nunca nos sentimos apoiados nesse sentido, como se pode ver pelos acessos, que, desde que cá estamos, há 8 anos, só recentemente houve obras de melhoramento, mas, já voltou ao estado inicial, porque o asfalto escolhido não é o adequado para entrada e saída que camiões diariamente.
A nível de segurança, igualmente, como se pôde ver há cerca de 3 semanas, com a onda de assaltos. Penso que não sou a única a queixar-me.
E, tendo melhores condições noutro local, vamos mudar.”
Atualmente, são perto de 40 os funcionários da empresa. O objetivo até é reforçar o corpo ativo, mas poderão perder-se postos de trabalho no concelho macedense.
“Já falamos com o pessoal, mas ainda está tudo em fase de decisão.
Vamos ficar com os 40 funcionários, isso é certo. Podem é não ser os mesmos. Até porque o objetivo, a longo prazo, é progredir, até atingir os 100 funcionários.”
A empresa, que produz para marcas famosas, como a de Cristiano Ronaldo, chegou a ter um lote cedido na Zona Industrial de Macedo de Cavaleiros para construir, mas optou por não o fazer, devido às condições dos acessos.
Por mês, embalam cerca de 100 toneladas de produtos cosméticos. O próximo passo, já nas novas instalações, é o fabrico de fórmulas dos perfumes dos clientes atuais. França e Espanha são os principais destinos da produção feita no nordeste transmontano. Falta ainda cativar o mercado português, que neste momento é residual para a empresa.
Escrito por ONDA LIVRE