Cuidados Paliativos domiciliários da Terra Fria ganham prémio “Saúde Sustentável”

Cuidados Paliativos domiciliários da Terra Fria ganham prémio “Saúde Sustentável”

A Unidade Domiciliária de Cuidados Paliativos da Terra Fria, da Unidade Local de Saúde do Nordeste, foi distinguida com o prémio “Saúde Sustentável”, na categoria de Cuidados Continuados. Uma iniciativa do Jornal de Negócios e da empresa Sanofi Portugal, que visa destacar projetos, na área da saúde, sustentáveis do ponto de vista económico-financeiro, ambiental e da qualidade de vida para os doentes.

Com um ano e meio de existência, este serviço está adequado às necessidades da população do distrito, afirma Duarte Soares, médico da unidade.

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“É um projeto que se adequa à nossa região e à nossa população, e sobretudo à realidade que o Sistema Nacional de Saúde tem que ter no século XXI, muito mais dirigido para os doentes crónicos ou incuráveis, e menos para agudos.

Todos os serviços têm que existir, mas há doentes para todos eles. E acreditamos que o nosso faz a diferença.”

Num momento em que mais idosos vivem sozinhos ou isolados (a GNR sinalizou mais de 3 mil no distrito na “Operação Censos Sénior 2016”), Duarte Soares diz que esta não é a única realidade à qual têm que se adaptar. Isto porque a palavra “domicílio” passou a ser mais abrangente.

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“Os lares, as Unidades de Cuidados Continuados, ou qualquer apoio social, tem que ser considerado um domicílio. Porque, basicamente, o domicílio é onde as pessoas se sentem em casa, onde estão no seu ambiente.

Portanto, os serviços também vão ter que se saber adaptar a essa realidade. Com bastante orgulho, a nossa unidade consegue prestar apoio a essas realidades, ainda que algum de forma limitada. Porque se assim não fosse, se só fôssemos aos domicílios tradicionais, estaríamos a perder muitos doentes.

É uma situação com a qual temos que nos confrontar, é inevitável. Já estamos a reagir tarde, mas vamos ter que nos adaptar.”

Uma área onde ainda faltam, contudo, profissionais, apesar do aumento da procura do serviço.

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“Há médicos novos com interesse. Cada vez mais vemos profissionais com apetência para trabalhar nestas áreas.

O caminho para chegar a trabalhar com Paliativos, com formação específica na área, é relativamente tortuoso. Depende muito das oportunidades, e dos estudos que se vão fazendo na área.

Provavelmente, esta situação ficará resolvida daqui a uns anos, acredito, quando a Medicina Paliativa, assim como outras,  se tornar uma especialidade reconhecida, e sem nada a dever a outras do país.”

A unidade abrange os concelhos de Macedo de Cavaleiros, Bragança e Vinhais, e no ano passado acompanhou 140 utentes. Neste momento, apoia 80 doentes e as respetivas famílias.

Foto: Unidade Local de Saúde do Nordeste

Escrito por ONDA LIVRE

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