Sem culpados apurados no caso Queima do Gato, julgamento é retomado segunda-feira

Sem culpados apurados no caso Queima do Gato, julgamento é retomado segunda-feira

As testemunhas que ontem foram ouvidas na primeira sessão do julgamento do caso da “queima do gato” no Mourão, Vila Flor, tentaram a todo o custo desculpabilizar Rosa dos Santos, a única arguida num processo por crime de maus tratos a animais de companhia.

Ora alegaram desconhecer que a tradição, que designaram como “queima do vareiro”, envolvesse um gato, ora negaram conhecer a pessoa que o forneceu.

A primeira sessão foi interrompida pouco depois do meio-dia, quando a arguida se sentiu mal, tendo de ser assistida pelos bombeiros e transportada ao Hospital.

O julgamento será retomado na próxima segunda-feira, às 14:00 horas.

Rosa dos Santos não quis prestar declarações em tribunal, sobre a tradição da Queima do Gato, na noite de 23 para 24 de junho, tradição que o ano passado foi filmada. As imagens foram colocadas a rodar na Internet, gerando a revolta nas redes sociais.

Durante a manhã foram ouvidas algumas testemunhas, que negaram saber de quem era o gato utilizado na tradição, no São João de 2015, mesmo que a arguida tivesse dito à Comunicação Social, no dia seguinte ao rebentar da polémica, que o gato era dela e que já tinha fornecido mais, em anos anteriores, porque o animal não sofria nada.

As testemunhas ouvidas ontem alegaram também que desconheciam que a tradição, que designam como “queima do vareiro” e não como “queima do gato”, envolvesse sequer um animal, o que fez o juiz interromper os depoimentos por mais que uma vez para advertir as testemunhas que mentir em tribunal é crime, não acreditando que as pessoas que são da aldeia não soubessem de todos os contornos do ritual.

INFORMAÇÃO CIR (Rádio Ansiães)

Relacionados