O PS de Macedo de Cavaleiros vê com bons olhos os 2,6 milhões de euros que ficaram nos bolsos dos contribuintes macedenses, com a implementação da taxa mínima de IMI e da abdicação de parte dos rendimentos do IRS.
Para o líder da Concelhia do PS, Pedro Mascarenhas, o executivo atual “não fez mais do que a sua obrigação”, porque considera que nos últimos quatro anos pouco ou nada foi feito no concelho.
“Seria da parte do executivo muita ‘cara de pau’ não ter usado essa prerrogativa da lei, e ter tirado esse dinheiro aos macedenses.
Um executivo que pouco ou nada fez por este concelho, que o deixou que ficasse votado ao abandono como tem estado, que não investiu na Zona Industrial, nas ruas de Macedo, não conseguiu evitar que a população fosse embora e emigrasse. Não fez o trabalho que tinha a fazer, mal seria que tivesse tirando esse dinheiro ao macedenses. Como tal, fez o que tinha a fazer. Foi o mínimo que podia fazer pelo macedenses. Por isso, acho muito bem, e estou muito satisfeito que o tenha feito.”
Pedro Mascarenhas afirma ainda que se os macedenses foram poupados neste aspeto, têm sido sacrificados noutros, como no preço da água.
“Este executivo não deu dinheiro aos macedenses. Apenas decidiu usar aquilo que a lei lhe permite, e não cobrar esse valor. Acho que fez muito bem em não cobrar, porque os munícipes já foram muito sacrificados e massacrados noutras coisas, como no preço da água. A Câmara cobra acima da média dos outros municípios e não a paga.
Os macedenses foram sacrificados porque não têm na sua terra as condições que têm outros municípios aqui à volta têm.
Já chega neste quatro anos de serem sacrificados. Foram poupados a isto, e acho muito bem.”
Quanto às medidas de cariz social que foram implementadas neste mandato, e quanto aos 2,6 milhões de euros que ficam nas carteiras macedenses, o presidente da Concelhia expressa a sua opinião.
“Todo o dinheiro que seja investido em programas de cariz social é bem investido. Como lhe disse, as pessoas já têm muito sofrimento. Estamos a passar por momentos difíceis, e a Câmara tem obrigação de ajudar a nossa população.
Quanto a este valor, 2,6 milhões de euros, é significativo. Não sei se é o valor exato ou não, vou confiar que sim. Se a Câmara o tivesse cobrado, era bastante dinheiro. Agora, se tivesse sido cobrado, eu desconfio que ele tivesse sido esbanjado, sem obra que se visse. Ainda bem que não foi cobrado.”
Pedro Mascarenhas, o presidente da Concelhia do Partido Socialista de Macedo de Cavaleiros, concorda com a redução do Imposto sobre Imóveis para a taxa mínima e a redução de 1% ao ano da taxa que é afeta ao município do IRS, o que permitiu aos macedenses ficar com mais 2,6 milhões de euros entre 2013 e 2017. No entanto, considera que o atual executivo fez “o mínimo que podia fazer” pelos munícipes, num mandato onde “pouco ou nada se fez pelo concelho”.
Escrito por ONDA LIVRE