MCLT: Em 25 anos, mega-ciclovia pode absorver 15 milhões

Numa concessão de 25 anos, a ciclovia prevista para unir os concelhos de Mirandela, Macedo de Cavaleiros e Bragança pode representar para as três autarquias um custo de 15 milhões de euros.

Contas lançadas pelo Movimento Cívico pela Linha do Tua (MCLT). O coordenador, Filipe Esperança, explica estes valores, baseados no preço/quilómetro da construção da ciclovia do Sabor.

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Se fizermos conta aos 76 quilómetros que vão ser intervencionados, e se pegarmos no valor de 125 mil euros/quilómetro, a ciclovia custa cerca de 10 milhões de euros mais um aluguer de 250 euros/quilómetro anual. Ou seja, por ano em aluguer, à Infraestruturas de Portugal serão pagos 19 mil euros.

Significa que, numa concessão de 25 anos, a ciclovia vai custar às três autarquias mais de 15 milhões de euros, entre a construção, aluguer, manutenção e iluminações.

É um valor que nos parece manifestamente impróprio para a construção de uma ciclovia que não traz nem rentabilidade nem mobilidade para a população.

Filipe Esperança adianta ainda que acredita que, dadas as características e o estado atual da Linha do Tua, 125 mil euros/quilómetro está abaixo do número real. Contam 5 pontes de médio porte, 3 pontes de grande porte e 3 túneis.

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É preciso, dentro dos túneis, fazer a devida retificação. Muitos deles nós (MCLT) conhecemos, e têm infiltrações no seu interior, não têm integridade estrutural para lá passarem pessoas. Falamos de infraestruturas abandonadas há mais de 20 anos.

As pontes têm ferrugem e danos estruturais. Há madeiras podres.

Portanto, o que conseguimos concluir é que com o custo que foi aplicado na ciclovia do Sabor, a fazer o mesmo tipo de obra na Linha do Tua, não seriam 125 mil euros/quilómetro. Seria um valor superior.

E numa altura em que as visitas de Filipe Neto Brandão (PS) e Mariana Silva (PEV) reacende a expectativa por novidades na elaboração do anunciado Plano Nacional Ferroviário, aprovado esta legislatura pela maioria de esquerda, Filipe Esperança quer agora ver meter “mãos na massa”.

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O MCLT regozija-se com o anunciado apoio à ferrovia, e com o grau de prioridade que está anunciado pelo Governo.

Agora, o que vamos mesmo querer ver, é o pôr as mãos na massa. Ou seja, queremos numa primeira fase começar a ver estudos e prospeções, tentar perceber quais são as zonas que poderão beneficiar desse novo plano. E ver, naturalmente, se a nossa zona-alvo está incuída. Continuamos a defender o que defendemos em mais de 10 anos de existência.

A opinião do Movimento Cívico pela Linha do Tua, que vê algumas vantagens na construção de ciclovias, mas não as suficientes quando comparadas à aposta na via férrea.

Escrito por ONDA LIVRE