Foi rejeitada a candidatura para projeto de construção do Parque Urbano em Macedo de Cavaleiros. Uma obra inserida no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU), e que teria já sido proposta pelo anterior executivo.
Uma recusa que, segundo o atual vice-Presidente do município, Pedro Mascarenhas, se deve a questão de fundamentação não correspondente com o projeto mas, avança ainda que, devido à importância da obra para a cidade, vai ser recandidatado o quanto antes.
“Tivemos comunicação de que a candidatura do Parque Urbano não foi aceite e nós, de imediato, começamos a trabalhar numa recandidatura com toda a argumentação que entendemos necessária para vermos que seja aprovada. Consideramos ser uma obra importante para a cidade, para o desenvolvimento urbano de Macedo, há fundos disponíveis para se fazer e vamos argumentar e tentar que seja aprovada.
Quando vimos a explicação da sua não aceitação ficamos, de certa forma, admirados.
A candidatura era para requalificação de espaços públicos, o que não é ali o caso. Naquela zona há hortas e lameiros privados, não há jardins nem espaços públicos tratados, portanto, a CCDR entendeu que a candidatura não tinha enquadramento.”
O Parque Urbano de Macedo de Cavaleiros tinha previsto um investimento de 1 milhão e 800 mil euros, dos quais 15% seriam financiados pelo município. Um valor que pode crescer pois, sendo aprovado, há necessidade de adquirir terrenos.
“Há ainda uma questão que é a aquisição dos terrenos, pois nenhum deles pertence ao município.
O executivo anterior iniciou um processo que visa a expropriação e a posse administrativa mas esse processo será de bom senso prosseguir se a candidatura não vier aprovada. Portanto, nós estamos numa situação onde é necessário ver em primeiro a candidatura aprovada e só depois é que, eventualmente, avançaremos com expropriações ou outra opção que não está posta de parte que é conseguir um acordo com os proprietários.”
Quanto aos restantes projetos candidatados no âmbito do PEDU, o vice-presidente diz que foi necessário fazer revisões e alterações, o que agora vai fazer com que demorem mais tempo a ser avaliados.
“Vai ser muito apertado e difícil porque a maior parte dos projetos não estavam feitos. Havia anteprojetos, estudos, mas os projetos em si não estavam feitos. Havia decisões a tomar que não tinham sido tomadas, os processos já estavam suspensos há muito tempo e nós quando entramos tivemos que pôr tudo a andar novamente. Tudo isto leva tempo e em dois meses não se faz aquilo que estava parado há meio e um ano.
Estamos a fazer todos os possíveis para que as candidaturas sejam todas feitas, houve algumas onde foi necessário fazer alterações e os anteprojetos tiveram de ser alterados porque em reuniões com a CCDR chegamos à conclusão que não eram elegíveis, e não vamos estar a gastar tempo e dinheiro se assim é. Tivemos que alterar e os processos estão a ser revistos.”
Os prazos das candidaturas para o PEDU terminam dia 31 de dezembro mas Pedro Mascarenhas espera que seja prorrogado, até porque há novos projetos a serem propostos.
“Estamos convencidos de que o prazo pode vir a ser prorrogado pois acho que a CCDR e o Governo vão ter que ter em atenção que, tendo havido eleições, há vontades diferentes. Este executivo não concordava com muitas opções do anterior, nomeadamente na questão da Paragem de Autocarros. Não concordamos nem com o edifício que foi feito nem com a proposta que havia para toda aquela zona envolvente, como, pontualmente, não concordamos com eles em outras situações.
Como tal, a CCDR tem de perceber que nós temos outras ideias para a cidade, pegamos naquilo que já estava feito e onde ainda havia muito por fazer e estamos a dar o nossos toque.”
De lembrar que a Interface Intermodal (Paragem dos Autocarros) foi um dos projetos no âmbito do PEDU e já esta, de momento, concluída.
Foto: FilmeAereo.com
Escrito por ONDA LIVRE