Mais de 5 mil árvores autóctones foram plantadas no Parque Natural do Douro Internacional, em zonas atingidas pelos incêndios do verão passado, nos concelhos de Freixo de Espada à Cinta e Figueira de Castelo Rodrigo.
A plantação decorreu ao longo das últimas semanas no âmbito do projecto Life Rupis e contou com a participação de vários voluntários, incluindo alguns estrangeiros, como adiantou Joaquim Teodósio o coordenador do projecto “Life Rupis”:
“Foram dirigidas um pouco para diminuir o impacto dos fogos em algumas áreas e por isso é que esta plantação acabou por ter mais relevância. Foram dirigida estas ações de plantação, especialmente para zonas que arderam, para tentar recuperar ou ajudar à recuperação dessas zonas. Foi um trabalho que foi feto nas últimas semanas e que contou com grupos, muitas das vezes, voluntários. Foi o caso dos voluntários de uma Associação Holandesa mas também de projetos como o de ‘plantar uma árvore’ que é um projeto Nacional que também colaborou e alguns grupos de voluntários que estiveram também durante mais dias a trabalhar neste caso com um dos parceiros – a Associação Transumância e Natureza – para essa plantação.”
Este esforço pretende contribuir para o restauro do habitat de aves de rapina ameaçadas e outras espécies, e junta-se a outras acções desenvolvidas pelo projecto nesta zona protegida:
“É um projeto que tem uma grande diversidade de ações cujo objetivo é melhorar as condições das populações do britango, que é uma espécie de abutre, e para a águia perdigueira que é uma das águias mais ameaçadas a nível da Península Ibérica e entre as várias ações que temos vindo a desenvolver neste projeto ao longo dos últimos anos, uma delas é a gestão do habitat, com diversos objetivos. Não só pelas próprias espécies que são presas da águia (coelhos, perdizes) e depois também algumas medidas em termos de gestão desses habitats para melhorar a sua resistência, a sua sustentabilidade e tentar reduzir o impacto dos fogos; são feitas coberturas de clareiras, árvores, matos.”
Nesta acção de plantação, foi privilegiado o uso de espécies autóctones como freixos, sobreiros, azinheiras, carvalhos, entre outros.
Também nos concelhos de Miranda do Douro e Mogadouro, que completam a área abrangida pelo Parque Natural do Douro Internacional, está prevista para breve a plantação de árvores autóctones.
INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)