Trata-se de um tipo de insecto que se instala no tronco da árvore, que ganha uma casca rugosa, acabando por matá-la.
Os maiores focos foram registados em Paçó e Passo de Lomba, no concelho de Vinhais e a zona do Parâmio, no concelho de Bragança, mas foram também encontrados vestígios em outras localidades, inclusivamente no concelho de Macedo de Cavaleiros. Leonel Rodrigues tem vários soutos na localidade de Martim, no Zoio, Bragança, que foram atacados pela praga:
“Este é um problema que afeta o castanheiro por completo, levando à morte súbita no espaço de um mês ou dois. Eu já tenho cerca de 50 castanheiros secos.
Os que estão a ser afetados, são os que estão na casa dos 12 anos, e que começavam agora a dar castanha.Não há muita coisa a fazer, a praga é muito rápida. O castanheiro apresenta uma pele, conhecida como pele de sapo, e que leva a que o castanheiro comece a ficar afetado.Gasta-se muito dinheiro nas plantações, e quando finalmente se vai ter alguma rentabilidade, o castanheiro seca.”
As entidades competentes, desde a Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN), o Instituto Politécnico de Bragança (IPB), e o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), estão já a par da situação, estando esta última instituição a analisar os insectos e as larvas encontradas pelos agricultores, para determinar qual a espécie e posteriormente ser delineado um plano de combate.
A ponte está a ser feita também através das associações de produtores, como refere Abel Pereira, da Arborea – a Associação Agro-Florestal e Ambiental da Terra Fria Transmontana:
“Temos recebido algumas informações de pessoas que nos têm contactado, no sentido de dizer que as árvores estão a morrer. Entretanto, comunicámos à Direção Regional e ao IPB, como forma de investigarem a situação.Neste momento, estão a tentar perceber o tipo de bicho e de espécie que é, para podermos ter alguma noção de como o combater.”
Para já os produtores de castanha que encontrarem problemas com os castanheiros devem comunicar às associações de produtores ou à DRAPN para identificar os locais afectados e preparar um plano de combate a esta praga.
Foto: Rádio Brigantia
INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)
