Ontem, foi assinado o contrato de empreitada para a construção da casa abrigo para vítimas de violência doméstica. O projecto já há muito ambicionado, destaca Alcídio Castanheira, presidente da direcção ASMAB – Associação de Socorros Mútuos dos Artistas de Bragança.
“Desde 2008, altura em que formamos o núcleo, que sentimos a necessidade de ter uma casa abrigo para as vítimas.
Frequentemente, os nossos pedidos não têm retorno porque não havia vagas a nível nacional e as pessoas era, por vezes, deslocadas para Espinho ou Faro, e, portanto, era descontextualizadas do seu ambiente de sempre.
A partir dai começamos esta luta que hoje teve um fim feliz pois finalmente vamos iniciar a obra com o apoio de muitas entidades e pessoas, o que foi muito importante.”
A resposta é de âmbito nacional, mas pretende ter incidência principalmente no distrito de Bragança. A Casa Abrigo vai ter capacidade para 30 vítimas, entre mulheres e crianças que durante meio ano, prorrogável até 1 ano, vão poder permanecer neste novo espaço social.
Na sessão de assinatura do contrato foi feito um apelo para que a obra termine o mais depressa possível, uma vez que factor tempo para a vítima é essencial.
“As vitimas têm muita urgência porque os problemas acontecem e elas sentem-nos na pele.
As instituições têm de se articular para dar resposta imediata e é isso que pretendemos com mais um equipamento.
Estamos a dar respostas imediatas a nível do acolhimento temporário, uma vez que temos uma casa para esse fim e gostaríamos de o fazer também no que toca ao acolhimento em casa abrigo.”
As obras vão já arrancar em Setembro e o centro já equipado tem o custo de um milhão de euros e é comparticipada a 60 %. A casa abrigo foi candidatada ao PIDDAC (Programa de Investimento e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central) e é uma parceira dentre várias entidades entre a ASMAB, a Segurança Social e a Câmara Municipal de Bragança.
Foto: Rádio Brigantia
INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)