A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, disse terça-feira, em Bragança, que a reorganização do mapa das freguesias deve ser revertida.
Esta medida deve incidir, principalmente naquelas freguesias em que o poder local contestou ou rejeitou o processo:
“É naqueles locais em que houve uma fusão nas freguesias, que foi imposta, ou seja, que as próprias assembleias de freguesia contestaram, não quiseram, que o poder local contestou, aqueles que representam as pessoas não quiseram, são essas que devem poder ser revertidas e que essa alteração devia ser feita ouvindo as populações. O que aconteceu com o governo PSD/CDS é que houve uma série de alterações e de fusão de freguesias em que não se ouviu ninguém. Foi feita à regra e esquadro em Lisboa e ninguém se pronunciou sobre nada.”
O BE defende referendos locais onde as próprias Assembleias de Freguesias foram contra a fusão e que as populações sejam ouvidas:
“Nós não dizemos que a organização administrativa do país há-de ser igual todo o tempo. O país muda, a forma de ser administrativa pode mudar. Não pode é mudar contra as pessoas, e portanto, nós defendemos desde sempre que sejam feitos referendos locais para saber quais são as fusões de freguesias que têm de ser revertidas e aquelas que se podem manter, porque em alguns locais elas tiveram sentido, e se tiveram devem manter-se.”
A coordenadora do Bloco de Esquerda também salientou que tem uma enorme preocupação com o estado das ferrovias do país, defendendo mais investimento:
“O bloco está muito preocupado com a ferrovia, mas a nossa solução não é a privatização, mas sim que, o que é de todos, precisa de um investimento. Precisamos é de investir na ferrovia para que haja condições e para que existam transportes no nosso país.”
Catarina Martins, terça-feira, em passagem por Bragança.
INFORMAÇÃO CIR (Rádio Ansiães)