Tiago Brandão Rodrigues, atual Ministro da Educação, foi recebido em Macedo de Cavaleiros por um ajuntamento de cerca de 100 professores da região, que pretenderam demonstrar o seu desagrado perante as medidas impostas pelo Governo a este setor.
Carlos Silvestre, da plataforma sindical dos professores, confessa que há cada vez menos respeito por esta classe:
“O objetivo de estarmos aqui é tentarmos sensibilizar, mais uma vez, o Ministro da Educação e o Governo para os problemas que a profissão docente e a escola pública estão a viver. Tudo aquilo que se tem passado com a organização da escola, dos horários dos professores e excesso de trabalho e burocracia. Gostávamos de ser mais respeitados, a forma como nos têm tratado não contribui em nada para que esta classe melhore.”
Recuperação integral do tempo de serviço, condições para a aposentação e sobrecarga horária são as principais reivindicações dos professores:
“Queremos que cumpra aquilo que ficou acordado desde o momento em que disseram que iam descongelar as nossas carreiras. Pedimos que olhem para a escola e que vejam que há pessoas a entrar muito cedo e a sair tarde, que percebam que a aprendizagem das crianças não pode continuar a ser feita desta forma, porque os professores fazem tudo menos dar aulas. Aquilo que queremos é que sejam corretos, são ditas muitas mentiras em relação à classe docente. A história dos 60 anos de idade e 40 de descontos, agora que as pessoas começaram a informar-se, veem que não é verdade; as penalizações vão continuar a existir e ninguém vai poder reformar-se.
Nós não vamos parar de lutar.”
Tiago Brandão Rodrigues ainda parou para falar com os professores afirmando que o Governo continua a dialogar com as organizações sindicais, e que apesar da dificuldade em chegar a um consenso, “não significa que não estejam a lutar todos para ao mesmo”.
O Ministro da Educação passou por Macedo de Cavaleiros num encontro promovido pelo Partido Socialista para a apresentação do Orçamento de Estado para 2019, mas foi surpreendido por professores que seguravam uma faixa onde podia ler-se “Todos juntos, em luta por um estatuto profissional digno e valorizado.”
Escrito por ONDA LIVRE