“UR 12” deixam de apoiar o Clube Atlético de Macedo de Cavaleiros por tempo indeterminado

São conhecidos por “UR 12” e são a claque que tem feito furor ao longo da época quer no futsal, quer no futebol Macedense.

A claque existe desde 2012, na altura foi criada por cerca de 12 elementos mas chegou a atingir os 200 apoiantes.

Uma forma de apoiar o desporto, explica Rui Pacheco (“Gemas”), co-fundador da claque:

“UR 12 significa Ultras e Revolução. Quando criámos a claque, foi a chamada revolução de 2012, foi formada em abril de 2012 e erámos à volta de 12 elementos, começou com uma brincadeira e ganhou esse nome. Queríamos ser a voz do desporto em Macedo, para apoiar todos os desportos, mas obviamente acabámos por ficar mais ligados ao Grupo Desportivo Macedense (GDM) e na altura, o treinador do Clube Atlético chamou-nos para irmos apoiar o clube contra o Mirandela, e a partir dai continuámos. Depois, o desporto acabou a nível de futebol onze mas continuámos no futsal, sempre com o espírito de apoiar os atletas da casa, obviamente os outros eram sempre bem recebidos, mas os UR 12 primam pela independência e não estamos ligados a qualquer clube. Somos completamente independentes de tudo.”

 

Depois de um interregno de cerca de um ano, a claque foi reativada por uma camada mais jovem e atualmente têm estado presentes no apoio às equipas Macedenses.

Agora, dizem que vão deixar de dar apoio à equipa sénior do Clube Atlético de Macedo de Cavaleiros por tempo indeterminado, e falam em discriminação por parte da equipa técnica para com os jogadores da casa.

Quem o diz é Tiago Alves (“Seco”), atual líder dos “UR 12”:

“Esta pausa deve-se a vários fatores, e um deles é o facto de no início da época a direção e equipa técnica terem dito que punham jogadores da terra a jogar, coisa que aconteceu nos primeiros jogos mas que, com o passar do tempo, deixou de acontecer. Ao longo das jornadas, os elementos em campo, da terra, iam sendo reduzidos. Decidimos ter esta pausa porque no passado domingo fomos ver o jogo, casuais, por já desconfiarmos que algo não estava bem. Quando chegámos percebemos que o onze inicial tinha sido todo alterado e que os jogadores da terra ficaram no banco, estavam a jogar nove jogadores de fora. É esse o motivo que nos obriga a abandonar o Clube Atlético. Ou a direção toma uma atitude relativamente a isto ou os UR 12 vão parar. Continuamos a estar presentes, mas sem bandeiras, sem bombos, sem cantos.

Talvez a equipa técnica tenha interesse em alguns jogadores de fora, talvez poder monetário. Algo que não podemos revelar para já.” 

 

Entretanto, a Onda Livre tem já agendada uma entrevista com o treinador do Clube Atlético, José Carlos Afonso, na qual serão abordados assuntos ligados ao funcionamento da equipa que, recordamos, regressou este ano ao futebol sénior.

 

Escrito por ONDA LIVRE