Carta aberta ao Presidente da República dá sugestões a integrar na Lei de Bases da Saúde

Carta aberta ao Presidente da República dá sugestões a integrar na Lei de Bases da Saúde

Cerca de 25 pessoas ligadas ao ramo da saúde enviaram uma carta aberta aos deputados e ao Presidente da República. Em causa, estão “supostas falhas” na Lei de Bases da Saúde, que foi aprovada em Conselho de Ministros, em dezembro.
No referido documento, são enviadas quatro “sugestões”, consideradas como “fundamentais” para este plano, como explica Duarte Soares, presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos:

“O primeiro ponto trata-se da relação público-privado e sobretudo o setor social, acreditamos que este setor tem um papel determinante e é importante considerar esta colaboração entre o público e o social.
O segundo ponto tem a ver com aquilo que se tem debatido sobre o estatuto de cuidador informal, continuamos a acreditar numa base própria para esse mesmo estatuto, que é fundamental para garantir a domiciliação de cuidados, a proteção das famílias e doentes.

O terceiro ponto tem a ver com a necessidade de colocarmos a saúde pública como o centro daquilo que é a estratégia do Serviço Nacional de Saúde.

Por fim, o último tem a ver com os modelos de financiamento virados para o futuro, mais focados naquilo que são os resultados e menos naquilo que é a produção. O Serviço Nacional de Saúde continua muito focado em produção, em números de cirurgias e pouco focado no que realmente importa que é a qualidade de vida e a saúde dos portugueses.”

 

A carta, que foi entregue na passada quarta-feira, é assinada por várias personalidades como Rui Nunes, atual Presidente da Associação Portuguesa de Bioética e Miguel Guimarães, atual Batsonátio da Ordem dos Médicos.
Foi constituído um grupo de trabalho pelo parlamento que está a recolher contributos para uma nova Lei de Bases da Saúde que substitua a de 1990.

 

Escrito por ONDA LIVRE 

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