Está em marcha novo censo do Lobo Ibérico para determinar números existentes na região

Está em marcha novo censo do Lobo Ibérico para determinar números existentes na região

Já se iniciou o novo censo do Lobo Ibérico para determinar a presença, o número e a localização das alcateias existentes. O último tinha acontecido entre 2001 e 2003, dando na altura conta de 18 alcateias na região. O levantamento na zona raiana do distrito ficou encarregue a Palombar. Quatro pessoas estão já a trabalhar para recolher indícios da presença do lobo ibérico para contabilizar a população, como explica José Pereira, presidente desta associação:

Os trabalhos são feitos através de transectos em cada quadrícula, basicamente em cada quadrícula será feito um esforço mínimo de 20 quilómetros para identificar vestígios do lobo. Estes vestígios podem ser vários, desde pêlo, fezes, etc. Terá também instaladas, em algumas áreas com algum potencial, câmaras de armadilhagem fotográfica, para tentar registar os lobos.”

Serão ainda feitas avaliações que vão dar particular atenção à reprodução das alcateias identificadas:

Nos quadrículos onde há confirmação de presença, digamos assim, será feito um esforço adicional para tentar perceber se existe reprodução nessas quadrículas. Depois, é necessário efetuar trabalhos para identificar a reprodução e para tentar perceber, caso haja reprodução, o tamanho da alcateia. Isso, será feito com outros métodos, por exemplo, métodos de tentativa de observação direta como também recurso a armadilhagem fotográfica. Aí o esforço é muito maior e será mais regular na época de reprodução.”

Os resultados deste censo nacional do lobo ibérico deverão ser conhecidos em 2022:

Vai ser desde este ano 2019 até 2021. É um censo de dois anos, onde se pretendia que, apesar de o censo já estar a começar um bocado tarde, a ideia inicial era apanhar duas épocas de reprodução que são a partir  dos meses de maio até setembro. Neste caso, já se começou um bocadinho tarde, vai na mesma até 2021 e será para fazer o censo nesses dois anos, se tudo correr bem. Provavelmente poderão atrasar-se até 2022 porque depois os resultados são trabalhados num relatório comum de todas as equipas, e esse relatório é executado pelo ICNF.”

Em parte do concelho de Vinhais e do de Mogadouro, em Bragança, Vimioso, Miranda do Douro e Macedo de Cavaleiros, será a Palombar a responsável pelas acções. No resto da região transmontana serão a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e o Grupo Lobo encarregues pelos trabalhos.

INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)    

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