É cada vez mais difícil trabalhar na agricultura e pecuária em Trás-os-Montes, o que podia ser resolvido se houvesse uma diferenciação de políticas do Governo para a região.
A conclusão é de Alfredo Teixeira, Professor na Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança:
“Um comprometimento do poder político nacional com algumas políticas agrícolas diferenciadas para o interior norte de Portugal, concretamente para a região de Trás-os-Montes, poderia colmatar aquilo que se está a verificar, que é uma cada vez maior dificuldade em fazer agricultura e pecuária numa região deprimida como esta. Seja pela questão do emparcelamento, seja pelo preço da terra para fazer agricultura ou pecuária, ou até mesmo pelo apoio a jovens agricultores que se querem instalar aqui, é com grande dificuldade que neste momento se trabalha neste setor.
Deveria haver um outro olhar sobre esta região, principalmente se é verdade que se pretende colocar o interior no mapa.”
No que toca à pecuária e à comercialização das carnes autóctones, o professor defende que é necessário haver mais união entre os produtores das diferentes espécies:
“A dimensão das carnes DOP de Trás-os-Montes justifica uma união entre elas, para colmatarem aspetos relacionados com a comercialização, e é importante que essa junção de esforços se venha a verificar num futuro próximo para eliminarem alguns desses problemas.
De entre as carnes produzidas nesta região, temos como exemplo a carne Mirandesa, que é transversal a vários concelhos deste distrito, os ovinos e o cabrito transmontano, que existem em toda a Terra Quente e, naturalmente, os outros dois produtos com marcas DOP que lhe estão associados, que são os queijos destas espécies.”
Conclusões de Alfredo Teixeira, Professor na Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança sobre as dificuldades que atualmente o setor agricultura e pecuário atravessam na região de Trás-os-Montes.
Escrito por ONDA LIVRE