Esta é a opinião de Carla Alves, Diretora Regional de Agricultura e Pescas do Norte, que afirma que há cada vez mais procura deste fruto seco:
“Eu acho que será uma oportunidade.
Não é uma plantação que exista em toda a nossa região, pois estamos numa zona de terra quente e terra fria, mas temos determinados locais, sobretudo as zonas mais quentes aqui de Trás-os-Montes, onde esta cultura poderá ser uma oportunidade.
Claro que tudo tem as suas vantagens e os seus inconvenientes. Depois de percebermos que temos condições edafoclimáticas para a produção de pistácio, percebemos que também temos aqui uma oportunidade que é uma grande procura a nível de mercado mundial e os preços são bons ao nível da compra. No entanto, temos outras questões menos favoráveis, nomeadamente o tempo que demora até termos rentabilidade que poderá ir até aos sete anos, o que quer dizer que este factor pode, por vezes, desencorajar alguns produtores.”
Macedo de Cavaleiros, Mirandela, Vila Flor e Mogadouro são os locais onde existem já algumas plantações em Trás-os-Montes. Quanto aos apoios aos agricultores, Carla Alves garante que há predisposição em apoiar também a cultura do pistácio:
“Temos vindo a apoiar.
Em todo o Trás-os-Montes temos hoje, a nível de apoios concedidos, 150 hectares. Ainda não é uma grande exploração mas é uma cultura que existe nas zonas mais quentes aqui de Trás-os-Montes. No futuro, esperamos que possa ser uma cultura enraizada e que venha a dar bons rendimentos na região.”
Declarações à margem da VIII feira do figo e do azeite que decorreu na freguesia do Lombo, no concelho de Macedo de Cavaleiros.
Escrito por ONDA LIVRE