A Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) deu luz verde para que o controlo da mina de ferro de Torre de Moncorvo seja assumido pela Aethel Mining.
Trata-se de uma empresa britânica, detida exclusivamente pelo português Ricardo Santos Silva e pela americana Aba Schumbert, que em comunicado se diz “muito entusiasmada com o reinício da operação mineira” no que diz ser um “ativo histórico, que levará Portugal de volta a uma posição de liderança na mineração europeia”.
Um passo em frente neste processo que deixa o autarca, Nuno Gonçalves, satisfeito:
“O município estará sempre agradado com investimentos, e sendo este de valor avultado com a necessidade que existia de haver parceiro para a concretização da exploração das minas de Torre de Moncorvo, obviamente que o município vê com agrado que seja dado mais um passo em frente.”
A empresa refere-se à mina como um “depósito de minério de ferro muito significativo no coração da Europa” que “impulsionará a economia local trazendo mais emprego e atividade comercial”, acrescentando ainda que este projeto se “diferencia” dos demais pela “visão de sustentabilidade e sensibilidade ambiental”.
Um investimento que Nuno Gonçalves reforça ser um impulso para o concelho a vários níveis:
“Estamos a falar de um investimento de vários milhões de euros que trará não só impulso económico, mas também um impulso social para o concelho de Moncorvo e não só. É algo muito importante porque significa um maior número de trabalhadores, e a economia local vê repercutida em si própria esse aumento do número de pessoas a trabalhar, a dormir, a fazer compras e a alojar-se. Tudo é investimento para o concelho.”
O processo de exploração de minério tinha previsão de começar em setembro, o que não aconteceu devido aos atrasos relacionados com a burocracia transfronteiriça, nomeadamente a demora do parecer espanhol.
Embora sem adiantar novas datas, o autarca espera que com este avanço se “recupere o tempo perdido”.
Recorde-se que as minas de ferro foram concessionadas em 2016 à empresa MTI Minas de Moncorvo, Lda., por um período inicial de 30 anos, esta que até 2026 esperta investir 114 milhões de euros, considerando a criação de mais de 200 postos de trabalho diretos numa primeira fase.
Tem agora a Aethel Mining como parceira.
Escrito por ONDA LIVRE