Três semanas após a morte de Luís Giovani Rodrigues ainda não há detidos, apesar de a Polícia Judiciária já ter ouvido vários suspeitos. Ainda assim, o embaixador de Cabo-Verde em Portugal, Eurico Monteiro, que esteve, ontem, em Bragança, cidade onde o jovem foi espancado, assegurou que tem esperança que os culpados sejam levados à justiça rapidamente:
“Creio pelas informações que têm corrido que existem sinais que nos dão esperança que isto possa ser resolvido a breve trecho, mas isso é a minha esperança, dos familiares e dos amigos, mas certeza, de facto, não podemos ter. Quero crer que as autoridades estão empenhadas em esclarecer o mais rapidamente possível esta situação e uma expectativa que os responsáveis por este acto grave serão levados para a justiça, para bem de todos e para uma certa serenidade.”
Para Eurico Monteiro, o caso, ainda que “lamentável”, não vai afectar a confiança que tem trazido vários dos seus conterrâneos estudar para a cidade:
“Tem um impacto muito profundo na emoção dos estudantes, mas todos reconhecem que isto não tem nada a ver com o ambiente estudantil que se vive nesta instituição.”
Maribelle Brito, vice-presidente da Associação de Estudantes Africanos do IPB, confirma que a comunidade está descontente e que querem ver os culpados responsabilizados pelo sucedido:
“Estamos tristes, não imaginávamos que íamos perder o colega desta forma, apelamos a que a justiça seja feita, que encontrem realmente o culpado e que a pessoa pague pelo crime.”
O embaixador esteve em Bragança para perceber o que pode ter acontecido a Giovani e estabeleceu contactos com a PSP, a direcção do politécnico, com a comunidade estudantil cabo-verdiana do IPB e com outros jovens, que, alegadamente, também foram espancados na madrugada do dia 21 de Dezembro.
INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)