Para além dos 13 utentes e uma funcionária testaram positivo à Covid-19 mais 9 funcionários enquanto 6 aguardam ainda o resultado do teste. Ou seja, 70% dos trabalhadores da unidade estão infectados. Segundo Nuno Gonçalves, autarca de Moncorvo, devido à situação se ter agravado, há falta de funcionários para cuidar dos utentes:
“Hoje no primeiro turno já não teremos funcionários suficientes para assegurarem os cuidados destes doentes, que foram aqui colocados através do serviço nacional de saúde. A Santa Casa da Misericórdia não pode pedir para retirar estes doentes, parecem deitados ao abandono pelas autoridades.”
Segundo Nuno Gonçalves, o serviço nacional de saúde decidiu que a única solução era que os doentes infectados ficassem na unidade de cuidados continuados. O autarca explica ainda que, no seguimento dos acontecimentos, a autoridade de saúde ordenou que fossem trabalhar os funcionários que estavam em quarentena:
“Foi dada ordem pela delegada de saúde pública Inácia Rosa para que os funcionários que deviam estar em quarentena regressassem ao seu posto de trabalho.”
Agora o autarca moncorvense aponta que a decisão da autoridade de saúde poderá ter levado ao aumento de número de infectados dentro da unidade de cuidados continuados:
“Eu não sei se com esta situação, que foi criada pelos serviços de saúde pública, não houve uma culpa aqui e hoje estamos a viver esta situação pelas soluções que foram tomadas na reunião de sábado. Depois disto passar há que pedir responsabilidades sérias a quem não consegue encontrar soluções.”
Há mais 9 funcionários infectados na unidade de cuidados continuados de Torre de Moncorvo. No total, estão infectados com o novo coronavírus 13 utentes e 10 funcionários.
INFORMAÇÃO e FOTO CIR (Rádio Brigantia)
