Um rapaz de 17 anos morreu afogado, esta segunda-feira, num poço, na localidade de Cabanelas no concelho de Mirandela.
Tudo aponta para que tenha sido atirado pela própria mãe que terá confessado o homicídio à PJ e está detida.
O caso aconteceu cerca das 17 horas, numa propriedade privada a mais de um quilómetro do centro da aldeia de Cabanelas.
Apesar de as autoridades ainda não confirmarem a tese de homicídio, apuramos que, por essa hora, a mãe da vítima terá telefonado a um vizinho a contar que teria atirado a um poço o filho de 17 anos, autista e com problemas de epilepsia.
Foi nessa altura que foi dado conhecimento do caso à GNR de Mirandela, que enviou para o local vários militares, e em simultâneo foi acionada uma equipa de mergulhadores dos bombeiros voluntários de Mirandela.
Cerca das 18 horas, os três mergulhadores conseguiram resgatar o corpo de Eduardo José do fundo de um poço com cerca de três metros de profundidade.
O óbito foi declarado no local pela delegada de saúde do distrito de Bragança e o cadáver foi levado para a delegação de Mirandela do Instituto de Medicina Legal, no hospital local, para a realização da autópsia.
Ao que apuramos, a mãe, Fátima da Conceição, de 51 anos, divorciada, terá confessado o crime. A intenção, adiantou uma moradora que não se quis identificar, seria a de “colocar fim à sua própria vida, devido à fase de desespero que estava a passar de problemas na relação com o filho, mas não terá conseguido consumar o ato.
Angelina Lopes, uma família, contou que a mãe de Eduardo José estaria a passar momentos difíceis devido à alteração do comportamento do filho:
“Durante muitos anos foi um bom menino, mas agora, desde que ficou em casa, sem escola, ficou agressivo.
Ela outro dia ligou rapidamente para a médica que lhe mandou dar um comprimido SOS. Mas ela disse-me que enquanto não fazia efeito, ele continuava agressivo. Ela já dormia com a porta do quarto fechada.”
A PJ esteve no local a recolher alguns indícios que ajudem a esclarecer em que circunstância aconteceu este caso e para tentar perceber se colhe a tese apresentada pela mãe. De resto, só o resultado da autópsia poderá ajudar a esclarecer algumas dúvidas.
Os inspetores da PJ conduziram a mulher para a delegação de Vila Real, onde irá permanecer até ser levada ao tribunal judicial de Mirandela para primeiro interrogatório e aplicação das medidas de coação, o que deverá acontecer esta terça-feira, mas também não está colocada de parte a possibilidade de apenas ser presente a tribunal, amanhã.
INFORMAÇÃO CIR (Terra Quente FM)