Ensino secundário em Macedo deve começar a ser testado à Covid-19 a partir da próxima semana

Desde ontem que em algumas escolas secundárias do país estão a ser realizados testes rápidos à Covid-19 a alunos, professores e funcionários.

Está a ser dada prioridade aos estabelecimentos em concelhos com risco de contágio extremamente elevado, acima dos 960 casos de infeção por 100 mil habitantes.

Na escola de Macedo de Cavaleiros é provável que a testagem comece na próxima semana para um universo de cerca de 300 alunos do secundário, 70 professores e 40 funcionários. O diretor, Paulo Dias, defende que a testagem deve acontecer de forma regular:

“Já nos enviaram a documentação para obtermos autorização dos pais dos alunos do ensino secundário, dos professores e dos funcionários que lidam com eles. Calculo que durante a próxima semana seja realizada a testagem a este universo de pessoas.

Os testes só dizem que no momento em que fez o teste a pessoa não tinha covid-19, mas da forma que está o nível de contágio acho que se tem de testar de forma regular para que se consiga estabelecer uma linha de desenvolvimento da situação, e creio que é isso que se está a tentar fazer.”

Paulo Dias adiantou que há atualmente turmas isoladas:

“Temos turmas inteiras e algumas a funcionar a metade.

Depois temos situações de confinamento por precaução, devido a alunos que estiveram em contacto com pessoas infetadas. 

Não consigo dar um número exato porque nem todos chegam a ter covid mas são muitas mais as situações de isolamento por precaução do que pela própria infeção.”

Para o diretor, é nos transportes escolares que está um dos maiores riscos de contágio:

“Na minha opinião sim e é o que acontece nas grandes cidades.

Os alunos vêm todos sentados, juntos e em um ambiente fechado.

O contágio pode acontecer em qualquer lugar e eu tenho recomendado muitos aos alunos o uso da máscara, desinfeção das mãos e a não partilha de objetos.”

Apesar das regras de segurança implementadas desde o início do ano, Paulo Dias defende que o risco seria muito menor se o regime de aulas se dividissem entre os regimes presencial e à distância:

“O Ministério da Educação não quis fazer meia jornada e penso que fez mal.

Se tivéssemos um funcionamento misto tínhamos só metade dos alunos de cada vez, repartindo-se entre aulas presenciais e à distância. Se a população escolar fosse metade também o risco era metade.”

Para já espera-se que em breve seja dado início à testagem de cerca de 400 pessoas, entre alunos, professores e funcionários do Agrupamento de Macedo de Cavaleiros.

Escrito por ONDA LIVRE