Enfermeiros protestaram pela falta de condições de trabalho em frente ao hospital de Bragança

Alguns enfermeiros protestaram hoje em frente ao hospital de Bragança contra a degradação das condições de trabalho com a pandemia.

Segundo o Alfredo Gomes, dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, os problemas como a atribuição de pontos para efeito de progressão de carreira, que ainda não foi aplicada, ou a falta de compensação do risco e penosidade da profissão, foram agravados com a pandemia e as condições de trabalho dos enfermeiros deterioraram-se, nomeadamente na Unidade Local de Saúde do Nordeste:

 “Temos agora estes problemas e criados outros, nomeadamente as condições de trabalho. Temos ali uma tenda, que é onde são atendidos os doentes com Covid, e não tem condições de trabalho, nomeadamente chove lá dentro. Colegas que fazem turnos de 12 horas, por vezes, têm que mudar de calçado, porque molham os pés. Estão a ser exigidos aos enfermeiros turnos ilegais de 12 horas.”

Os enfermeiros contestam ainda a nova legislação sobre os horários acrescidos e regimes de horários de trabalhos, que segundo o sindicato penaliza as condições de trabalho dos enfermeiros:

“Tendo nós uma lei que estipula o valor da hora e do trabalho extraordinário, agora criam turnos extraordinários com um valor fixo e não respeitando sequer aquilo que é a regulamentação da carreira.”

Segundo o sindicato dos enfermeiros portugueses a precariedade dos contratos destes profissionais de saúde também aumentou.

Na ULS Nordeste há cerca de 750 enfermeiros e segundo o sindicato 60 foram contratados ao abrigo do combate à pandemia, sendo que os admitidos nos últimos 8 meses estão com contratos precários de 4 meses.

INFORMAÇÃO e FOTO CIR (Rádio Brigantia)