João Carlos Pires mostra-se preocupado com queda de receitas e incertezas no regresso à competição

A Federação Portuguesa de Futebol reuniu com os clubes da II Divisão de Futsal mas pouca coisa ficou esclarecida.

Em cima da mesa, a retoma do Campeonato Nacional da II Divisão no dia 24 de abril, ainda que sem certezas, e sempre dependente da evolução da pandemia.

Certa parece a decisão da conclusão da Taça de Portugal, seguindo apenas com equipas da Liga Placard. Ora com esta resolução, ficam de fora as equipas do Grupo Desportivo Macedense, que, aquando do confinamento, se preparavam para disputar a terceira eliminatória da competição.

João Carlos Pires, presidente do Macedense, não entende o porquê de a II Divisão não ser equiparada à I:

“Há coisas que não se percebem. Não entendo porque é que a II Divisão não é vista com os mesmos olhos da I e não tem sequer as mesmas regalias. Há uma discrepância entre ambas, porque tudo o que é bom é para a I Divisão e o que é menos bom é para a II Divisão. Eliminam todas as equipas da Taça de Portugal que ainda estavam em prova, da II Divisão, sem jogar. O estranho e contraditório é que da I Divisão vão jogar oito equipas a convite da Federação. No meu entender, se parou, parou para todos.”

 

Caso a retoma do Campeonato aconteça a 24 de abril, os treinos poderão ter início no dia 19 do mesmo mês. Um curto período que pode resultar em lesões, considera o presidente do emblema macedense:

“A parte complicada é termos apenas uma semana de preparação para a retoma. É muito pouco tempo para as equipas que estiveram quase três meses paradas. Nem na época de verão ou na pré-época se está tanto tempo parado. Os jogadores fazem treinos em casa mas podem correr risco de lesões numa primeira fase da retoma do Campeonato.”

 

Há cerca de três meses parados, João Carlos Pires mostra-se preocupado com a queda das receitas no clube:

“Neste momento, a II Divisão continua numa incógnita. Temos quase a garantia de que vamos jogar mais um mês e isso preocupa-nos. Os orçamentos foram feitos para dez meses de Campeonato e não para onze. É preocupante, as receitas cada vez são menos e os patrocínios também.” 

O formato da competição pode sofrer ainda alterações, dependendo de circunstâncias excecionais que ditem a eventual paragem da competição.

Escrito por ONDA LIVRE