Nos primeiros dias da semana passada, as pessoas foram-se multiplicando nas ruas de Bragança, já que os cafés e restaurantes puderam voltar a receber gente, através da abertura das esplanadas. Segundo o comandante da PSP, os brigantinos mostraram toda a ansiedade que tinham em sair de casa, o que assustou, um pouco, a polícia.
José Neto, admite que foi preciso intervir, por várias vezes, porque algumas regras foram quebradas:
“Houve necessidade de irmos a alguns espaços para consciencializar as pessoas, impor o uso de máscaras e tirar gente de mesas. Perante a nossa intervenção, as pessoas tem tido um comportamento muito sério e comprometem-se com aquilo que lhe dizemos.”
José Neto garante que a fiscalização vai começar a ser ainda mais apertada:
“Caso alguns dos responsáveis dos espaços persistirem em não manter as mesas com as distâncias de segurança, não garantirem quatro pessoas por mesa e o uso de máscara quando não houver consumo, vai haver lugares em que vamos ter de intervir de forma mais forte, obrigando-os a fechar.”
O sol e o bom tempo da semana passada ajudaram as pessoas a sair de casa e, de facto, alguns cafés pela cidade foram estavam com as esplanadas lotadas, com as mesas muito próximas e com excesso de gente a ocupá-las. Ainda assim, os proprietários dos cafés garantem estar a cumprir as normas mas há quem admita que muitos estão a falhar:
“Optámos por não estender demasiado a esplanada para não haver ajuntamentos e para não voltarmos a fechar, mas não vai ser fácil. Há muita gente que tem esplanadas com excesso de pessoas e acho que a culpa é mais de quem está a gerir que das pessoas.”
“A maioria comporta-se normal. Pode haver um caso ou outro de abuso, mas é normal. É muita gente.”
“As pessoas têm cumprido as regras.”
As pessoas mostram-se conscientes e dizem estar a cumprir as normas.
“Tenho visto as esplanadas seguras mas há outras onde não se usa máscara, estão na brincadeira, não têm protecção nenhuma e parece que nem querem saber de nada. Parece que o vírus já se foi embora.”
“Já fazia falta abrir as esplanadas, nunca deviam ter fechado. Eu gosto pouco da máscara mas quando venho trago-a sempre.”
A cidade, que nestes últimos tempos estava um pouco mais deserta, pareceu encher-se novamente, com a abertura das esplanadas.
INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)