Governo quer passar a suportar despesas de alojamento de alunos que têm de frequentar o secundário em outros concelhos

O Governo pretende passar a assegurar as despesas de alojamento de alunos deslocados por não terem oferta de ensino secundário no concelho de origem.

Os ministérios da Educação e Coesão Territorial dizem estar a trabalhar numa solução para que quem tem de mudar de município para completar o ensino obrigatório não tenha essa despesa.

O objetivo passa por ter oferta sem custos para os jovens em residências nas localidades que recebem os estudantes. A intenção foi deixada pela secretária de Estado da Valorização do Interior, Isabel Ferreira:

“Felizmente não são muitos mas existem alguns casos em que os alunos, não tendo acesso ao ensino secundário, são deslocados para outros municípios e ficam em residências, umas da responsabilidade do Estado e outras municipal.

O que estamos a fazer em conjunto com o Ministério da Educação, que está de igual forma muito empenhado em encontrar essa solução, é um trabalho para que estes alunos não tenham que ter esse encargo adicional relacionado com o alojamento.”

No distrito de Bragança, Freixo de Espada à Cinta e Vimioso não têm ensino secundário, o que faz com que muitos alunos tenham despesas de alojamento.

O tema foi levantado pela deputada do PSD eleita por Bragança, Isabel Lopes, que questionou o ministério a Coesão sobre esta situação numa audição parlamentar.

Segundo a secretária de Estado da Valorização do Interior, apesar de o problema ainda não ter sido solucionado, tal pode acontecer já no próximo ano lectivo:

“Estamos a trabalhar na solução porque estamos conscientes deste problema, que é mais uma questão de justiça social, muito importante sobretudo para os territórios do interior.

Queremos que seja uma solução implementada o mais rápido possível e estou confiante que possa sê-lo já no próximo ano letivo.”

A solução dirá apenas respeito às despesas de alojamento de estudantes em residências e não do transporte dos alunos que se deslocam diariamente, o que também é reivindicado por encarregados de educação e autarquias.

INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)