Acabou este domingo a fase regular do Campeonato Nacional da II Divisão de Futsal Feminino e a equipa do GDM, que já tinha como certa a descida, conseguiu pontuar pela segunda vez esta época, mas agora em casa com o Guarda 2000 por 2-2.
A camisola 5 da equipa verde e amarela, Sofia Miguel, não tem dúvidas que a época serviu de aprendizagem para que quando voltarem aos nacionais já possa ser diferente:
“Claro que o objetivo que tínhamos no início, que era a manutenção, não foi concretizado, mas acaba por servir como aprendizagem, evoluímos muito.
A primeira volta não correu da melhor forma, mas na segunda deu para perceber que já estávamos muito melhor adaptadas, com melhores resultados e mais união de grupo.
A diferença da distrital para esta competição de II Divisão é muito grande.
Tenho a certeza que voltaremos a estar aqui e será diferente.”
Uma temporada que, apesar dos resultados, criou consistência na jovem equipa do Macedense, mas também refletiu o peso de algumas limitações, como refere o treinador-adjunto do GDM, Nuno Trindade:
“Para ter vitórias de forma consistente é preciso ser competitivos em todos os momentos de jogo, nos treinos e nos lances. Acabamos claramente em crescendo e no final diz-se sempre que agora é que deveria estar a começar. Há que realçar essa melhoria que foi notória agora nas últimas semanas.
Com a situação atípica que tivemos este ano, houve pouco tempo para treinar, com jogadoras que para equivaler fisicamente a outras com tinham já outro andamento, tiveram pouco tempo de treino, o que para a nossa realidade não foi o apropriado, mas aconteceu o mesmo em todas as equipas. Agora se calhar conseguimos já equilibrar mais a nível físico.
O facto de a equipa só ter conseguido pontuar nos jogos em que já não era possível a manutenção penso que se deve à evolução que foi surgindo e não à falta de pressão nos jogos.
A falta do público teve também um grande peso nesta época, principalmente aqui em Macedo, onde há um público e uma claque muito interveniente e fantásticos, é sempre um elemento que joga a nosso favor com o qual neste momento não pudemos contar, infelizmente.”
Na próxima época estão de regresso aos distritais.
Realidades muito diferentes que levam o adjunto do GDM a considerar que deveria ser criada uma III Divisão Nacional:
“Infelizmente a realidade do nosso distrital, seja para que equipa for, vai trazer sempre dificuldades, pois neste momento há muito poucas equipas e nunca conseguem chegar preparadas à fase nacional por não haver andamento.
Penso que a federação tem que olhar para isto com outros olhos e, se calhar, está na altura de ponderar seriamente acabar com alguns distritais e criar uma III Divisão Nacional, aglomerando regiões, porque as equipas têm de competir e não é isso que acontece.
Apenas duas distritais neste momento têm mais de seis equipas, o que é uma realidade que precisa de intervenção, se não as atletas não vão podem crescer.”
Tal como o Macedense, também o Guarda 2000 jogou a reta final do campeonato já com a sentença da descida aos distritais.
Para o treinador, Marco Santos, foi um jogo típico de uma final de época que acabou com um resultado justo no marcador:
“Acho que foi um jogo típico de final de época, com duas equipas com as posições sentenciadas e com a descida acertada.
Na minha opinião, foi um jogo jogado sempre de forma muito lenta, ao qual o empate se ajusta perfeitamente.
Claro que o nosso objetivo era vencer, mas mesmo assim já não conseguiríamos alcançar o objetivo a que nos propusemos, mas sempre fica um ponto.”
Ao longo desta época, a equipa feminina do GDM conseguiu um total de dois pontos, fruto de dois empates nas últimas duas jornadas, não suficientes para se manterem na II Divisão Nacional. Acabou no último lugar da tabela, onde se manteve ao longo de toda a competição.
Recordo que na época 2019/2020, a equipa sénior do GDM conseguiu o pleno, vencendo tudo a que se propôs.
Escrito por ONDA LIVRE