O jogo da oitava jornada do Campeonato Distrital de Futsal Feminino da Associação de Futebol de Bragança, que este domingo punha frente a frente as equipas do AD Paredes e do GDM, não se realizou devido à existência de um caso positivo no plantel do Paredes.
O Grupo Desportivo Macedense teve conhecimento do caso quando chegou ao Pavilhão Multiusos de Nogueira, para o jogo, onde a referida atleta também estava presente.
João Carlos Pires, presidente do GDM, diz que a situação não foi tratada como deveria, até porque diz ter conhecimento de que o Paredes estava a par da situação:
“Para nossa estranheza ela estava ali para jogar. Não percebemos muito bem e o nosso departamento médico pediu ao árbitro e dirigentes do Paredes que houvesse nova testagem, para certificar que estaria tudo negativo e confirmar também o teste positivo da atleta em causa que, segundo percebemos, teria feito o primeiro teste às 14h, ainda em casa. Temos a informação de que a menina relatou que tinha feito esse mesmo teste e deslocou-se na mesma, por indicações do clube.
Achamos que este assunto foi tratado levianamente, porque quando se testa positivo, deve-se isolar a pessoa, e a própria Associação de Futebol de Bragança deveria ter sido notificada da ocorrência, para serem tomadas as devidas diligências no sentido do cancelamento do jogo.”
João Carlos Pires considera que o sucedido pôs em risco as restantes atletas e demais intervenientes no jogo, e garante já ter pedido esclarecimentos à Associação de Futebol de Bragança:
“Há aqui responsabilidades por parte do clube adversário que deveria ter acautelado antecipadamente esta situação, evitando a nossa deslocação a Bragança, porque temos atletas a vir do Porto, Miranda do Douro e de outros pontos do distrito.
Pior que isto é que todos estivemos susceptíveis de ser contaminados.
Pedimos à AFB ajuda para reagendar este jogo e para apurarem os factos sobre o que aconteceu, porque fomos lesados e sem necessidade.”
Do lado da Associação Desportiva de Paredes, a versão dos factos é outra.
De acordo com a presidente da direção, Alexandra Ferreira, o resultado positivo da atleta foi conhecido quando já se encontravam no pavilhão para o jogo:
“As nossas atletas foram testadas sexta-feira, todas as que foram convocadas para o jogo de domingo estavam negativas, e ontem, por volta das 16h, elas foram para o pavilhão para fazer auto-teste antes do jogo.
A atleta deu positivo no teste e a informação que eu tenho é que entretanto chegou a equipa adversária, as atletas disseram logo que ela tinha testado positivo, colocaram em causa o resultado do teste e, entretanto, fizeram outro auto-testes à menina, que voltou a testar positivo.
Entretanto chegou a arbitragem, realizou algumas chamadas, penso que com a entidade organizadora da prova, que será a Associação de Futebol de Bragança, e decidiram que a atleta teria de ser testada pela terceira vez, à frente de um elemento da arbitragem, um elemento da equipa técnica do Macedense e um do Paredes. Esse também deu positivo.
A arbitragem reuniu, realizou algumas chamadas e decidiram adiar o jogo.”
A presidente do Paredes nega que tivessem sabido que a atleta estava positiva antes da realização do autoteste já no pavilhão:
“Nós falamos com a atleta e, de facto, quando eu cheguei havia várias atletas do Macedense a dizer que ela estava positiva. Quando a questionei, disse-me que esteve isolada no balneário, e que quando ela estava sozinha, entraram lá para dentro membros da equipa do Macedense a dizer que ela era uma irresponsável. A miúda disse-me que apenas tinha dor de barriga e cabeça. Ligou à Saúde Pública, foi fazer PCR e está tudo encaminhado. Não fez nenhum teste antes, fez sim três testes na nossa presença depois.”
O jogo ainda aguarda por uma nova data para se realizar.
Escrito por ONDA LIVRE