Ao contrário do que aconteceu nas legislativas de 2019, este domingo o eleitorado do concelho de Macedo de Cavaleiros deu vitória ao Partido Socialista nas eleições antecipadas, com 42,84% dos votos, contra 37,72% do PSD, que há dois anos tinha sido mesmo o partido mais votado com 39,40%.
À semelhança do que aconteceu a nível nacional, a terceira força política mais votada no concelho foi o Chega, que conseguiu 7,45% da preferência dos eleitores, um resultado bem diferente do alcançado em 2019, altura em que se posicionava como sétimo mais votado, com 0,65% dos votos.
O CDS foi o quarto com mais votos no concelho, seguindo-se o Bloco de Esquerda, a Iniciativa Liberal e o PCP-PEV.
Das 30 freguesias do concelho de Macedo, o PS só não venceu em Carrapatas, Castelãos e Vilar do Monte, Corujas, Espadanedo, Edroso, Murçós e Soutelo Mourisco, Lamalonga, Lamas, Vale Benfeito, Vilarinho de Agrochão e Vinhas, localidades que deram vitória à solução apresentada por Rui Rio.
O mesmo cenário aconteceu a nível do distrito, que também decidiu manter António Costa na liderança, mas apenas com a diferença de 15 votos em relação ao PSD. O PS conseguiu 40,30% e o PSD 40,28%. O Chega reuniu 8,55% da preferência dos eleitores do nordeste transmontano.
O PS não vencia no distrito desde 2005. Dos 12 concelhos, o Partido Socialista só não venceu em Carrazeda de Ansiães, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro e Vimioso, onde a vitória foi laranja.
A abstenção ultrapassou os 52%.
Assim, reviravolta nos mandatos eleitos para o distrito. Ao contrário do que aconteceu em 2019, agora foi o PS a conseguir eleger dois deputados para a Assembleia da República – Sobrinho Teixeira e Berta Nunes – ao passo que o PSD elegeu um, Adão Silva
No total nacional, o PS conseguiu 41,68% dos votos, elegendo 117 deputados, o que confere ao governo liderado por António Costa maioria absoluta.
A seguir o PSD foi o mais votado, com 27,80%.
Apesar do peso rosa, notou-se nestas eleições a ascensão da direita, com o Chega a chegar a terceira força política e a Iniciativa Liberal a quarta, ao passo que o Bloco de Esquerda e o PCP descem para quinto e sexto, respetivamente.
Destaque ainda para o CDS, que caiu de quinta a sétima força política, com apenas 1,61% do total da votação nacional.
Escrito por ONDA LIVRE