17º Caderno Terras Quentes prova importância do Nordeste Transmontano para a criação do país

17º Caderno Terras Quentes prova importância do Nordeste Transmontano para a criação do país

O Nordeste Transmontano teve um papel importante para a criação de Portugal.

A presença de algumas figuras relevantes para a história é prova disso e as evidências estão agora registadas no 17º Caderno Terras Quentes, elaborado pela associação de defesa do património com o mesmo nome, com sede em Macedo de Cavaleiros. O presidente, Carlos Mendes, revela algumas evidências que constam deste trabalho de investigação histórica:

“Há dois ou três nomes que são extremamente importantes. O Fernando Mendes “O Bravo”, o Nuno Martins de Chacim e o Martim Gonçalves de Macedo, que são todos da mesma linhagem e nós provamos isso no caderno. São as três figuras principais que lutaram e o Fernão Mendes só não foi rei de Portugal por acaso.

D. Afonso Henriques disse: dou este foral a Freixo de Espada à Cinta com autorização de Fernão Mendes, “O Bravo”. Por aqui conseguimos perceber o poder que esta gente tinha.
Fernão Mendes e o irmão estiveram com ele na Batalha de Ourique e na conquista de Lisboa e, portanto, eram homens extremamente influentes no reino.”

O 17º Caderno Terras Quentes foi apresentado durante as Jornadas da Primavera, promovidas pela associação para dar a conhecer o trabalho por eles desenvolvido.

Durante as jornadas é ainda atribuído um prémio, agora batizado como João Carlos Senna-Martinez, que tem como objetivo condecorar alguém que contribua para o desenvolvimento da terra.

O escolhido desta edição foi Manuel Cardoso, que além dos vários cargos que já ocupou, como o de Diretor Regional de Agricultura e Pescas do Norte, é também investigador de história e um dos sócios fundadores da associação.

Diz-se surpreendido com a homenagem:

“Sinto-me surpreendido e muito grato.

Sinto que este prémio não é para mim mas sim para todas as pessoas de Macedo que se interessam pela história da terra, pelo património e por tudo quanto a associação tem feito por Macedo.
Sou um dos sócios fundadores, fui um dos entusiastas desde o início nas escavações arqueológicas que fizemos por aí e nas visitas a todos os sítios por onde passámos ao fazer o inventário da história de arte. Acho que isso foi muito positivo para Macedo.
É um trabalho que o distingue dos outros concelhos e que espero que tenha agora continuidade com o Museu dos Templários a ser fundado cá em Macedo.”

Durante as 17ª Jornadas da Primavera foi ainda apresentado o caderno número 18 que é um dicionário sobre termos medievais que vai ficar disponível no site da associação.

Escrito por ONDA LIVRE

prémio

 

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