Costinha renova com o GDM mas quer projeto “mais profissional”

Costinha renova com o Grupo Desportivo Macedense para voltar a treinar a equipa sénior masculina na próxima época.

O treinador, atualmente com 43 anos, vai continuar a liderar a equipa que assume desde a saída de António Aires, em 2020, o que já tinha acontecido também entre 2007 e 2012.

Mas para competir ao nível que é preciso, na II Divisão, e com os adversários que vão encontrar, mais reforçados na próxima época, Costinha defende que é necessário passar a um patamar mais profissional, e é para esse projeto que se mostra disponível:       

“Estou a falar em termos de condições de trabalho em que se nota o amadorismo contra o profissionalismo. Temos cada vez mais de nos aproximar daquilo que são as características da nossa divisão. Eu costumo dizer que nós estamos a competir acima das nossas competências e capacidades. É preciso ter condições para um clube estar a este nível e isto começa a ficar muito complicado.

Sabemos que as equipas adversárias estão a fazer plantéis a um nível muito competitivo, e até dizemos, em jeito de brincadeira, que todas querem subir.

A II Divisão da próxima época vai estar a um nível elevadíssimo, a exigência vai ser muito grande e o GDM, se se quer igualar com essas equipas, tem que criar condições.  De uma vez, a comunidade e quem apoia o futsal do GDM, tem que assumir se é na segunda divisão que o GDM deve estar.” 

Costinha deixa alguns exemplos daquilo que aponta como condicionantes ao trabalho da equipa:

“Nós treinamos três vezes por semana, quatro horas e meia, numa realidade amadora. No mínimo teríamos de treinar mais uma hora e meia.

Os plantéis da segunda liga estão praticamente fechados, nós ainda não sabemos bem com o que havemos de contar, e isso é urgente.

Falta-nos capacidade para recuperar um atleta, por exemplo, para não o ter um mês de baixa e poder tê-lo na semana seguinte. Falta dar condições ao atleta para ter trabalho monitorizado muito mais facilmente pela equipa técnica e que o conhecimento seja mais facilmente partilhado. Falta que a equipa técnica e os jogadores tenham condições de trabalho e que todas as pessoas consigam desligar-se de tudo o resto durante aquelas horas, focando-se só na competição.”

Mas para isso é preciso mais dinheiro, o que clube não tem.

Dai a ser necessário um maior envolvimento de todas as partes, refere o presidente do clube, João Carlos Pires:

“ É preciso envolver a comunidade e o nosso município para poder ajudar um pouco mais, embora não lhes aponte o dedo, pois tem-nos ajudado e promovido o GDM. Precisamos também dos patrocinadores locais, empresários que olhem para o futsal com outros olhos e vejam aqui um potencial para dinamizarmos e engrandecermos Macedo de Cavaleiros. Este ano conseguimos estar num lote de equipas que já se fez notar na cidade, desde dormidas que ficam cá, refeições, ou seja, coisas que até ao momento não aconteciam muito. E depois é o nome de Macedo de Cavaleiros e dos nossos empresários a serem divulgados.”

A pré-epoca começa a 16 de agosto e a 24 de setembro inicia o campeonato.

Declarações à margem do programa Conversa Aberta da Onda Livre, que pode assistir aqui: Conversa Aberta Ep. 37

 

Escrito por ONDA LIVRE