O orçamento municipal e grandes opções do plano para Macedo de Cavaleiros em 2024 ainda não foram sujeitos a aprovação mas já se conhecem alguns dos traços gerais daquelas que serão as propostas de linhas orientadoras para o concelho no decorrer do próximo ano.
Foram dadas a conhecer na reunião de câmara desta terça-feira, após solicitação do vereador do PSD, Nuno Morais.
O autarca macedense, Benjamim Rodrigues, reforça a existência de algumas dificuldades financeiras mas diz que está previsto fazer investimento em todas as áreas:
“Dentro das condicionantes que temos, o objetivo é que possamos atender um pouco a todos os anseios dos macedenses.
Em termos estruturais vamos fazer algumas apostas em equipamentos que são essenciais para a população, nas vias e acessibilidades também e, obviamente, que continuo a dizer que queremos ter boas contas.
Queremos pagar dívidas e fazer pagamentos a tempo e horas. Infelizmente, neste final de ano, mais uma vez temos tido alguma dificuldade e não estamos a pagar com a celeridade com que estávamos há uns tempos atrás, em que pagávamos a 15 dias.
São dificuldades que estão a ter todos os municípios aqui à volta e nós queremos, no próximo ano, fazer investimento em todas as áreas.
Financeiramente não estamos bem.”
Benjamim Rodrigues dá a saber que entre as opções estão a construção da Base de Apoio Logística e a investimento na segurança e eficiência das piscinas municipais:
“Queremos investir na proteção civil, na BAL (base de apoio logístico), para a qual o investimento será superior a um milhão.
Queremos também investir em equipamentos públicos, nomeadamente nas piscinas, porque queremos segurança, eficiência e diminuir os custos.
Nas redes de abastecimento de água estamos também a melhorar, francamente. As nossas performances têm melhorado.
Queremos apostar na cultura também, que é sempre o parente pobre. Estamos com imensas candidaturas, tentando aproveitar ao máximo as que há. Não queremos deixar de fazer a aposta nas redes nacionais.”
A vereadora Sónia Samolé, responsável pela área financeira, explica que este será um orçamento “típico de fecho de quadro comunitário” e início de novo, com a parte infraestrutural “em standby”:
“Estamos a fechar muitas obras. Por lei, todas têm revisões de preço, trabalhos complementares, e estará também acautelado um valor elevado para essas revisões.
Por outro lado, estamos a fechar as contratualizações e negociações via CIM, para além de haver outros serviços que já estão a decorrer e nós estamos também a avançar com projetos e a candidatar.
Será também um ano que, a nível infraestrutural, nos dará tempo de fazer projetos e candidaturas.
Ao nível das estruturas viárias, pouco ou nada será financiado, poderemos conseguir um ou outro financiamento, mas o orçamento reflete a continuidade da nossa medida nas intervenções que são necessárias, como em Pinhovelo e Corujas, que iremos acautelar, mas não sabemos se será já nesta primeira fase, por uma questão de ainda não sabermos também se temos revisões de preços e se as obras complementares virão a ser financiadas, o que é a nossa expectativa.
Logo ao início do ano irá decorrer uma revisão do próprio orçamento, já numa perspetiva de encaixe financeiro ou não destes dinheiros.”
Sónia Salomé reforça que o foco do orçamento será voltado para a parte social e educação:
“A parte social está em andamento, com o primeiro direito, e estamos a aguardar a aprovação da candidatura para depois ser automaticamente inscrita em orçamento.
Estamos em crer que a requalificação do Bairro da Alegria ainda será aprovada este ano. Estamos a lançar o procedimento para contratualizar o projeto de execução dos novos fogos nesse bairro.
O foco vai também para as escolas, como também temos vindo a falar, para as pessoas, assim como a parte social. Também fizemos uma candidatura ao Radar Social que estamos em crer que virá aprovada até ao final deste ano.
O nosso foco são os jovens e os mais velhos e, portanto, será um orçamento muito direcionado, nesta primeira fase, para investimentos a esse nível.
Submetemos também a última candidatura das escolas agora, para fechar o que pretendemos ao nível da separação de ciclos.
E a continuação das freguesias.”
O orçamento municipal e grandes opções do plano para Macedo de Cavaleiros em 2024 vão ser levados a votação na próxima reunião de câmara para depois serem sujeitos a aprovação em sede de Assembleia Municipal.
Escrito por ONDA LIVRE