A Unidade Local de Saúde do Nordeste homenageou a médica Maria Teresa Aroso Ramos, atribuindo o seu nome à Unidade de Convalescença e Cuidados Paliativos, sediados no Hospital de Macedo de Cavaleiros.
A profissional, já reformada, dedicou grande parte da sua vida à saúde no distrito de Bragança.
Foi diretora do Serviço de Medicina de Bragança e esteve durante oito anos ao serviço da Unidade de Cuidados Continuados e Convalescença, do qual foi pioneira na sua implementação.
Considera uma homenagem merecida, não só por ela, mas por todos os profissionais que ali trabalham:
“Penso que é uma homenagem à unidade toda, a toda a gente que aqui trabalha.
São pessoas muito dedicadas e para mim foi uma honra ter trabalhado aqui.Quando a gente sabe que está no fim da vida tem outra maneira de ver e eu aprendi muito com muitos seres humanos de uma grande beleza que por aqui passaram. Com quem aprendi mais na vida foi com os doentes.Cuidar uns dos outros deveria ser a missão de toda a humanidade.”
Carlos Vaz, presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Nordeste, destaca o importante papel que a homenageada teve na criação da Unidade de Cuidados Continuados e de Convalescença:
“Foi dela que partiu a ideia de criar aqui em Macedo de Cavaleiros uma Unidade de Cuidados Continuados e de Convalescença. Foi ela que dinamizou e conseguiu arranjar profissionais.
Agora reformou-se mas está no nosso coração porque é uma mulher fantástica e muito respeitada por todos nós.Se alguém merecia uma homenagem destas é a Dra. Teresa Aroso. Por isso é que o atual Conselho de Administração decidiu atribuir o nome dela a este serviço e com muita honra para nós por ter feito o trabalho fantástico que fez até hoje.”
Carlos Vaz recorda a profissional como alguém com um forte lado humano, essencial para lidar com os doentes, principalmente os que estão mais fragilizados:
“Foi e é uma profissional de mão cheia, com uma humanização enorme em todas as suas relações, com os conselhos de administração mas, fundamentalmente, com os doentes e com os colegas.
Eu costumo dizer que talvez 50% da recuperação de um doente, depois de ser tratado, complementa-se com uma palavra amiga dos profissionais, do médico, de esclarecimentos mas, fundamentalmente, de carinho e humanização. Todos nós precisamos quando estamos internados.
Espero que isto se mantenha porque hoje, na ferocidade dos tempos e de toda a sociedade, esquecemos muitas vezes que, além da parte técnica que hoje existe muito, a parte humana faz muitas vezes milagres que outros medicamentos não fazem.”
Maria Teresa Aroso Ramos foi homenageada esta quinta-feira em Macedo de Cavaleiros, com a atribuição do seu nome à Unidade de Convalescença e Cuidados Paliativos e com uma publicação de um livro sobre os 44 anos que esteve ao serviço da medicina, com testemunhos.
Escrito por ONDA LIVRE
