Os agricultores vão ter mais uma ajuda da parte do governo. Esta é uma das medidas para entrar em funcionamento já no próximo ano, e que vai permitir um aumento de rendimento de 50 % para os agricultores.
Esta medida também foi esclarecida pelo engenheiro da CAP- Confereração de Agricultores de Portugal, Luís Caeiro, da delegação de Vila Real, no seminário sobre Fruticultura, apoios e boas práticas, à margem da Feira da Pavia, que decorreu este domingo.
Esta ajuda aos agricultores de pagamento base vem reforçar o financiamento ao setor e aumentar o rendimento por hectare, aumentando o valor de 80 euros para 126, como explica, este orador:
O valor de uma ajuda que se chama pagamento de rendimento base, de 80 euros por hectare, passou a ser de 126 euros. Esta é uma medida horizontal, através do pedido único, que fazem todos os anos, é tudo igual. Recebendo mais dinheiro.
No decorrer da sessão, o engenheiro Luís Caeiro deixou um alerta para que os agricultores efetuem o registo de pesticidas que são utilizados:
O registo de aplicação de pesticidas normalmente, não é realizado pelos agricultores é obrigatório.
A Política Agrícola Comum tem regras, que têm vindo a ser atualizadas. Qualquer agricultor tem de ter um registo de pesticidas em sua posse e regista-lo. Não é só comprar, ter o cartão e é uma obrigação. Para além disso, os agricultores têm de ter uma aplicação dos pesticidas. É obrigatório para toda a gente. No terreno, não é feito este registo, ou não estão atualizados, pessoas que pensam que por não se candidataram a a ajudas, não precisam deste documento. Não o fazem, mas é obrigatório, para toda a gente.
A palestra contou com cerca de 20 agricultores bastante interessados. Uma delas foi Maria Silva, que neste sentido, expôs uma problemática que enfrenta:
Não estamos a conseguir fazer a renovação, só que agora está caducado e já me inscrevi, na associação AJAP – Associação de Jovens Agricultores de Portugal, só que eles não têm verbas para isso, e por vezes não conseguem o número mínimo de inscritos. E ainda não consegui, normalmente deveria-se renovar o ano anterior.
Também orador, foi Albino Bento, professor e investigador do IPB- Instituto Politécnico de Bragança que veio falar sobre a pavia e deixar alguns conselhos para os agricultores como a manutenção dos solos de enrelvamento, ou seja, a cobertura vegetal dos pomares, que é bastante benéfica para as produções:
A pavia é um pêssego um pouco diferente, que anteriormente se chamavam vulgarmente pêssegos vindimos.
Em termos de exigências de exploração, aplicam-se as mesmas regras de outros pêssegos, nomeadamente, de um bom material de porta-excertos, as condições são as mesmas, em termos de exploração, de condições climatéricas e solo, não são muito diferentes. Em termos de boas práticas são as mesmas que se devem utilizar noutras culturas. Uma manutenção do solo, na medida do possível, com enrelvamento, uma instalação adequada com bons porta-excertos. Depois uma formação adequada das plantas e promover práticas culturais de poda, que proporcionem arejamento, de forma, a que seja necessário, o menor número de intervenções fito-sanitárias, que em geral as pavias precisam menos do que outro tipo de pêssegos.
Um dos participantes da palestra foi Carlos Fernandes que contou que foi convidado no âmbito da Feira da Pavia, pelo anterior presidente da junta de Freguesia:
Gosto destas iniciativas, que são ótimas para promover os nossos produtos endógenos, e é desta ações concertadas que nós precisamos. Precisamos de criar aqui uma marca chapéu, para lançar o produto, em quantidade e escala. Trabalhando para só para a nossa capela não sobrevivemos. E esta iniciativa deste workshop de hoje, vem nessa temática e nesse seguimento, para que os agricultores se agrupem e criem escala.
Também deixou aconselhamento de análises regulares aos solos e realizar podas ás árvores de forma adequada.
Escrito por Rádio ONDA LIVRE