Pedro Lima critica o governo porque a região transmontana ficou de fora do apoio para a descarbonização dos transportes públicos

O presidente da Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes critica o Governo por ainda não ter dado “sinais claros” que “vão ao encontro do discurso” que faz. A reclamação surge depois de a região ter ficado de fora do apoio para a descarbonização dos transportes públicos. Pedro Lima teme que a coesão que o Governo tanto defendeu possa não vir acontecer.

“Não podemos aceitar, nem podemos entender que este Governo, após criar uma expectativa de progresso para todo o país de uma forma coesa, comece a dar sinais de que, afinal, tudo ficará na mesma”.

Como exemplo, o responsável da CIM falou fim da ligação aérea Bragança-Portimão e a falta de ferrovia na região. Pedro Lima pede ainda ao Governo que resolva a falta de financiamento para as estradas.

“Tem de haver aqui uma posição, finalmente, deste Governo, sobre como vamos resolver a questão de não poder utilizar fundos europeus para o alcatrão. Terá de haver outra solução porque os nossos municípios não têm capacidade de amortização desse tipo de investimentos, para poder repor em tempo, após a vida útil das estradas, aquilo que terá que ser reposto e estou a falar com uma brevidade já bastante significativa”.

O também autarca de Vila Flor considera ainda que o Governo tem de resolver a falta de cobertura de rede.

“Temos cortes permanentes nas ligações telefónicas, por exemplo. Se ficarmos presos, com necessidade de uma urgência, nessa zona branca, onde não há cobertura, o caso já será diferente, a sensação de isolamento será maior”.

O presidente da CIM das Terras de Trás-os-Montes a pedir que o Governo cumpra a promessa relativamente à coesão do país.

A Comunidade Intermunicipal abrange os concelhos de Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Mirandela, Miranda do Douro, Mogadouro, Vinhais, Vimioso e Vila Flor.

INFORMAÇÃO CIR (escrito por Brigantia)