Mais apoio à criação de emprego e maior autonomia das regiões na gestão dos fundos europeus. São estas duas das medidas que Pedro Marques, candidato do PS às Eleições Europeias, considera mais necessárias para as regiões do interior e nas quais promete trabalhar se for eleito:
“O grande desafio é o emprego.
A nossa proposta, do ponto de vista da gestão dos fundos europeus para o próximo quadro comunitário, é dar muito mais autonomia às regiões, através das CCDRs, NUTS II e CIMs, na pequena gestão dos fundos de cada território.
Hoje já temos um nível importante de autonomia naquilo que são os investimentos mais autárquicos e ligados ao território, mas os fundos da área social e económica ainda estão muito centralizados e há todas as condições para que estejam mais junto do território, perto das pessoas.
Abandonar o interior não é, de facto, a nossa política.”
No geral, para o país e para a Europa, o ex-ministro do Planeamento e das Infraestruturas defende o combate às desigualdades sociais e territoriais, através dos fundos de coesão, explica:
“Achamos que existem algumas políticas que podem ser feitas na Europa e que também fazem a diferença aqui em Portugal, como a criação de um novo plano de investimento europeu, mas com mais apoio à convergência, com instrumentos que as empresas portuguesas procuram.
Também estamos empenhados nas políticas de habitação, pois os fundos europeus podem apoiar mais construção de habitação para as classes médias e para os jovens.
Defendemos as políticas de igualdade salarial uma vez que existe um problema de desigualdade entre os salários dos homens e das mulheres, na Europa e em Portugal. Podemos tentar travar essa desigualdade com as leis europeias.
É necessário continuar também a desenvolver as políticas sociais, inclusive para as pessoas idosas.
São políticas concretas que podem fazer a diferença.”
Pedro Marques fez este domingo a primeira visita ao distrito em campanha e esteve reunido em Macedo de Cavaleiros com os autarcas da região, e ainda com militantes e simpatizantes do partido. Encontros que o cabeça de lista espera que ajudem a reduzir a abstenção que se costuma verificar nas eleições europeias:
“O que estamos a fazer é debater o nosso programa e a convocar as pessoas para o maior dos desafios destas eleições, que é ajudar a combater a abstenção.
A população questiona porque é que há de ir votar nas eleições europeias, e eu dou sempre o exemplo do Brexit em que os jovens britânicos também achavam que talvez não fosse muito importante ir votar, a maioria concordava em que o Reino Unido se mantivesse na Europa, mas como não votaram, acabaram por acordar com esta situação desgraçada em que estão metidos.”
As eleições parlamentares europeias realizam-se em Portugal no dia 26 de maio e vão eleger 21 deputados portugueses para o Parlamento Europeu.
Escrito por ONDA LIVRE

