A continuidade do Clube Atlético de Macedo de Cavaleiros na II Divisão nacional está condicionada.
Em causa está o corte financeiro que a autarquia de Macedo decidiu para a próxima época, em que não vai disponibilizar qualquer centavo ao clube.
O presidente do Macedo, Manuel Rodrigues é peremptório ao afirmar que a única situação que vislumbra para manter o Clube é ganhar o Euro milhões.
E revela que a direção do Clube Atlético de Macedo de Cavaleiros apresentou ontem a demissão em bloco.
“Vou jogar hoje no Euro milhões, se me sair pode ter a certeza que vamos ter futebol na próxima época, caso contrário, não está fácil, porque isto não é como fritar dois ovos na sertã e arranjar dinheiro para um ano de atividade com esta dimensão, não é com uma varinha mágica que se resolvem os problemas”, explica com recurso a metáforas, Manuel Rodrigues.
Dizendo que, “a minha continuidade está em causa como a de toda a equipa que apresentamos ontem a demissão. Nós pedimos a demissão ao senhor presidente da assembleia, a quem pedimos uma assembleia o mais rápido possível para falar com os sócios e que daí venha uma solução, alguém veja o que pode fazer,”realça.
Esta decisão do Município deve-se à Lei dos Compromissos que foi promulgada recentemente para evitar os pagamentos em atraso após 90 dias.
Assim, as Câmaras Municipais não podem dar mais que o fundo financeiro que tem disponível às associações.
No Clube Atlético está agora em causa todo o plantel que estava já praticamente definido.
Questionado sobre como solucionar a vida profissional dos jogadores, Manuel Rodrigues reage desta forma.
“Essa pergunta devia fazer à autarquia. Que responsabilidade é esta? Que questões são estas? Depois de toda a época estar organizada, com tudo a funcionar, iam começar agora os treinos, virem-nos com uma notícia destas”, sublinha, acrescentando que “é uma situação horrível, uma situação muito pouco honesta e com uma agressividade muito forte, em dois dias ficarmos sem poder competir com a nossa equipa de Macedo.”
O presidente do Clube Atlético frisa que não há definitivamente condições para suportar uma equipa na II Divisão.
“A autarquia em primeiro lugar não decidiu não pagar estes meses, a autarquia simplesmente decidiu não pagar mais nada. Segundo as informações que me foram transmitidas, diretamente da vereadora Eng. Sílvia, é que não há garantias absolutamente nenhumas de qualquer pagamento”, frisa o responsável. “Naturalmente que um clube como o Macedo que vive, neste caso, do apoio da Câmara, tirando esse apoio é inevitável, não há o mínimo de condições de suportar uma equipa na II Divisão. Inclusivamente não nos foi garantido sequer o espaço do clube. É inevitável a paragem imediata da atividade”, sustenta Mnauel Rodrigues.
Na próxima segunda-feira o Macedo tem uma Assembleia Geral extraordinária em que a Demissão da Direção assunto estará na ordem do dia.
Quanto ao plantel a equipa técnica está já a procurar outros emblemas para não deixar os jogadores sem clube para a temporada 2012/13.
Escrito por Onda Livre