Providência cautelar contra retirada do helicóptero do INEM de Macedo

 

Dez das doze Câmaras do distrito de Bragança acordaram ontem apresentar uma providência cautelar conjunta para travar a saída do helicóptero INEM, estacionado em Macedo de Cavaleiros.

A decisão foi tomada numa reunião que juntou representantes das autarquias de Torre de Moncorvo, Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Miranda do Douro, Mogadouro, Vinhais, Vimioso, Vila Flor, Macedo de Cavaleiros e Freixo de Espada à Cinta. 

 O autarca de Torre de Moncorvo diz que os acordos são para cumprir. Aires Ferreira sublinha que um helicóptero para toda a região Norte é insuficiente.

“Consideramos que o helicóptero é fundamental. Já salvou vidas. Um helicóptero para toda a região Norte é claramente insuficiente. Este helicóptero tem uma média diária inferior a um, mas já aconteceu estar numa operação e ter sido chamado para uma outra”, realça o autarca.

Freixo de Espada à Cinta é um dos concelhos mais distantes dos hospitais centrais. O autarca local, José Santos, diz que a população tem direito a este serviço em troca do encerramento das urgências nocturnas.

“Freixo é um dos concelhos que se sente ludibriado em relação ao protocolo que celebrámos com o Ministério da Saúde, que veio minimizar o fecho das urgências nocturnas no concelho de Freixo. Por isso, é importante que se mantenha”, salienta o edil.A autarca de Alfândega da Fé também não aceita a saída do helicóptero do distrito.

Berta Nunes diz que os autarcas vão avançar com mais formas de luta.“Nós não vamos só instaurar a providência cautelar. Vamos também colocar uma acção principal, pedimos também uma reunião ao Ministro da Saúde, a Câmara de Alfândega vai também reunir no próximo dia 11 com o INEM. Vamos colocar esta questão de várias formas, para que o helicóptero não saia do nosso distrito”, sustenta Berta Nunes.

A providência cautelar vai ser entregue no Tribunal Administrativo de Mirandela ainda este mês.

 

Escrito por Brigantia (CIR)