A Câmara Municipal de Mogadouro vai canalizar as verbas que estavam previstas para a concretização de alguns projetos na vila para questões da área social.
Em causa está o que a autarquia considera ser prioritário.
Atualmente a preocupação primordial recai sobre as famílias carenciadas e que precisam de suporte para sobreviver.
A construção de um empreendimento na área da restauração, orçado em meio milhão de euros é um dos projetos que a autarquia mogadourense vai abdicar em prol de causas sociais.
Aposta social 1 
“Tínhamos alguns projetos financiados a quer a nível do POCTEP, quer ao nível do QREN, que embora sendo importantes, dado a situação de crise que atravessamos e as necessidades que o município têm, faz sentido apoiar outros aspetos no campo social.
Entendemos que era possível no caso de alterar o arranjo urbanístico para a aquisição de uma mota niveladora para ajudar os agricultores na melhoria dos seus caminhos e um restaurante a complementar o parque de feiras e exposições dado a vila estar satisfeita com o número de restaurantes que têm, entendemos que devemos abdicar.
Era um projeto financiado em 250 mil euros pelo POCTEP, um projeto transfronteiriço. Deixamo-lo cair para podermos ocorrer a inúmeras solicitações de apoio por parte da população”, sustenta o vereador.
O vereador das obras públicas do Município de Mogadouro, António Pimentel, frisa que a aposta vai agora para a saúde, ensino e habitação.
Já estão em curso alguns apoios, como o pagamento de rendas de casa e a comparticipação na aquisição de medicamentos.
Aposta social 2
“Apoio a pagamentos de rendas de casa, neste momento já devemos ir com cerca de 14/15 rendas de casa que estamos a suportar, dentro daquilo que os regulamentos nos permitem. Elaboramos um regulamento para apoio da comparticipação de medicamentos, em que iremos apoiar as pessoas carenciadas com mais de 65 anos até ao montante de 300€ anual.
Estamos a aumentar o número de equipamento no campo da tele assistência aos idosos, isto é os idosos que estão nas suas casas, e que estão muitas vezes sozinhos, têm um equipamento que fica ligado a uma central quando têm qualquer problema basta carregar e a central transfere um alerta para quem está próximo para poder ajudar.
António Pimentel realça que estão a apostar também, “na recuperação de algumas habitações com condições degradadas. Pensamos nós que é o mais acertado, apoiar as famílias mais carenciadas, dado os apertos que o país está a passar. Apesar de termos uma situação financeira saudável na Câmara, temos que compreender que há populações mais frágeis que estão a passar por dificuldades.”
De referir que a Câmara de Mogadouro tem uma estrutura financeira saudável e tem em vista novos investimentos na área social.
Escrito por Onda Livre