E numa altura em que se celebram 39 anos de democracia, de eleições, de liberdade, de maior igualdade e de progresso social, os macedenses encaram a revolução que se assinalou a 25 de abril de 1974 como uma viragem importante para a sociedade.
A herança de Salazar parece estar na gaveta e a população bate palmas ao fim da ditadura.
No entanto, ainda há muito a fazer pelos princípios de abril.
“Quem viveu antes do 25 de Abril e tem vivido até agora, vemos que a modificação no nosso País foi grande. A forma de viver, a forma de estar, as regalias das pessoas não se compara ao antes do 25 de Abril. Nunca chega tudo em pleno mas conquista-se a maior parte. O 25 de Abril é de louvar, de respeitar e é também de bater palmas. O 25 de Abril foi a melhor coisa que sucedeu aos portugueses”, declara Luís Gonçalves.
“A diferença entre o litoral e o interior é grande. Nesse aspeto não somos todos iguais, temos liberdade mas ainda há muitas coisas que é preciso aprofundar. O espírito do 25 de Abril deve sempre orientar a nossa ação e não nos devemos esquecer dos objetivos de quem fez essa revolução e os que ainda não estão implementados devemos todos reunir esforços para os concretizar”, frisa António Afonso.
Os macedenses referem que ainda há um grande trabalho a fazer para combater as desigualdades entre o litoral e o interior do país.
“Somos uma região muito desertificada. Há uma diferença muito significativa entre o litoral e o interior mas é logico que nós temos aspetos muito positivos nomeadamente a nível do turismo. Devemos chamar as pessoas sobretudo do litoral para esta zona. É uma questão de querer e não devemos pensar que Portugal terminou e que não vamos ter mais hipóteses”, salienta Inês Bárrios.
“Está tudo muito diferente, as condições básicas, o acesso à educação e à saúde, tudo isso está tudo muito melhor. A verdade é que há uma diferença muito grande entre o litoral e o interior e ao fim destes anos de democracia devíamos estar desenvolvidos por igual”, considera.
O povo, que foi quem imprimiu a dinâmica revolucionária dada a 25 de abril de 1974 continua a enaltecer os valores conquistados, mas com a deixa de que ainda há muito a fazer para que sejam totalmente adquiridos.
Escrito por Onda Livre