Álvaro Cunhal, uma figura emblemática do Partido Comunista Português é motivo de uma exposição biográfica sobre a vida de um homem que marcou a vida política no país.
No Centro Cultural de Macedo de Cavaleiros está patente até dia 30 de setembro, uma mostra itinerante, intitulada “Vida, pensamento e luta: exemplo que se projeta na atualidade e no futuro”, que evidencia vida e obra do histórico dirigente comunista.
Filipe Costa, da organização regional do Partido Comunista Português, enaltece o seu patriotismo e o contributo decisivo de Álvaro Cunhal na implementação dos valores democráticos no país.
“Hoje podemos afirmar, que, seguramente, Álvaro Cunhal não seria quem foi se não estivesse neste quadro de participação de luta intensa na actividade com os seus camaradas com os seus militantes que fizeram o 25 de Abril e lutaram contra o regime fascista, construíram o Portugal democrático.
E também é verdade que o Partido Comunista Português não seria aquilo que é hoje sem o seu estimado contributo, nesse sentido que consideramos esta justa homenagem a figura, ao militante ao homem ao artista que foi Álvaro Cunhal”, afirma.
Filipe Costa é peremptório ao dizer que Álvaro Cunhal foi um resistente às políticas ditatoriais
E deve ser recordado como um homem de convicções, que lutou contra as manobras austeras que ainda hoje se verificam.
“Tendo estado tanto tempo preso 18 anos – 11 consecutivos, 8 dos quais em total solidão, ouve outros que estiveram mais anos presos e não tiveram a capacidade de resistir à tortura e portanto não tiveram a mesma sorte que Álvaro Cunhal teve poder continuar a luta e dar o seu contributo.
Esta justa homenagem é também para todos os que resistiram e que resistem também tendo em conta a situação politica, económica e social do país nos dias de hoje.
Também são heróis aqueles que hoje resistem. Álvaro Cunhal é sem duvida uma figura inspiradora para a luta que se avizinha pela exigência da demissão deste governo e a rotura com o pacto de agressão a que o país esta submisso”, enfatiza.
O ex-líder do PCP foi detido pela polícia política em 1949 e passou toda a década de 1950 preso, conseguindo fugir da prisão de Peniche em 1960. Eleito secretário-geral comunista em 1961, abandonou o cargo em 1992, sucedendo-lhe Carlos Carvalhas.
Álvaro Cunhal, falecido a 13 de Junho de 2005, com 92 anos, nasceu em Coimbra a 10 de Novembro de 1913.
Escrito por Onda Livre