António Ramos acusa: “Faziam uma gestão da instituição quase doméstica. É um marasmo completo.”

António Ramos não poupa críticas à antiga direção da Associação de Futebol de Bragança.

Após ter visto a sua sucessão a Jorge Nogueira, presidente por mais de 40 anos, impugnada por quase 8 meses, o futuro presidente da AFB fala abertamente do que na sua opinião estava em falta.

Vira-se para a falta de ação e de iniciativa da Associação, que poderá ter sido um dos fatores que levou os clubes, membros ordinários, a quererem veicular a mudança.

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“Eu não posso falar sobre a atividade da lista anterior e dos que estavam em funções porque não a havia .

A atividade era meramente o mesmo de sempre, as mesmas coisas, perfeitamente acomodados, não tinham iniciativa para nada.

Faziam uma gestão da instituição quase doméstica, sem perspectivas nenhumas, sem fundamentos. É um marasmo completo.

Daí que os clubes tenham posto a mão na consciência e viram que podiam dar a oportunidade a alguém que queria dinamizar a instituição.”

O natural de Torre de Moncorvo afirma que a AFB tinha caído num marasmo fútil e alguns dirigentes, nomeadamente Óscar Guerra, estariam a levantar dividendos indevidos.

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“O pior da situação é que um senhor com a dimensão que tem o senhor Jorge Nogueira não deveria ter feito aquilo que nem, nem o devia ter permitido.

E eu vou dizer também: há duas ou três pessoas, como o senhor Óscar Guerra, que tira dividendos financeiros da Associação, que não devia tirar, como dirigente desportivo.

Não direi que é um marasmo corrupto, mas é um marasmo sem fundamento, fútil, vazio.”

Quanto à novela que acercou o ato eleitoral para presidência, o futuro ocupante da cadeira do poder da Associação que rege o futebol no distrito apela aos clubes para se manifestarem para que ela conheça os capítulos finais.

Manuel Martins, presidente do Grupo Desportivo de Bragança recorreu novamente da decisão favorável a desbloquear a administração a António Ramos, tal como o fez logo após as eleições.

António Ramos pensa que ele é o “testa de ferro”, e que algumas pessoas se tentam agarrar ao poder, servindo interesses pessoais e menos próprios para uma Associação de tamanha envergadura.

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“Os clubes têm que por um ponto final e devem repor a legalidade do ato eleitoral, porque, por detrás desta situação toda tem um testa de ferro, que é o presidente do Grupo Desportivo de Bragança, e mais dois ou três indivíduos que têm interesses económicos e particulares.

Os clubes têm que se assumir e que se manifestar, porque isto não é uma situação correta para a Associação que rege o futebol distrital.”

No entanto, ainda não foi avançada nenhuma data para que, oficialmente, António Ramos comece a exercer as funções na AFB que conquistou no passado dia 8 de junho, e que lhe foi barrado judicialmente.

O futuro administrador do futebol do distrito de Bragança apontou o dedo à antiga direção, naquilo que considerou ser um marasmo fútil, a servir interesses pessoais e não os interesses do desporto na região.

Escrito por ONDA LIVRE