Saldos não agradam a comerciantes

A época oficial de saldos termina esta semana,  dia 28, sem conseguir agradar aos comerciantes de Macedo de Cavaleiros.

As vendas, dizem, sofreram um aumento insignificante ao longo destes quase dois meses em que as reduções de preços foram permitidas.

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“Está mais ou menos. Não está fraco, fraco, dá para ir andando.

Consigo vender conforme os dias. Uns são melhores, outros mais ruins.

Dá para superar de uns para os outros”, disse Helena Ferreira, que tem uma loja de roupa.

“Temos vendido alguma coisa, mas não é aquela euforia que nós esperávamos que fosse.”, diz Cidália Arrátel, comerciante do centro da cidade.

“Nem com promoções as pessoas compram. Nada, nada, nada.

Está mesmo de rastos.”, são afirmações de José Moreira.

“Notou-se muita diferença do ano passado para este, em cerca de 50%.

As pessoas têm comprado cada vez menos.

Não há dinheiro.”, é a opinião de  José Fernando, outro lojista.

Muitos temem que esta seja uma das piores temporadas de saldos dos últimos anos.

O fraco poder económico, a falta de gente na cidade e até o mau tempo são algumas das justificações apontadas para justificar que as vendas se mantenham em baixo.

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“Este ano tem sido a crise.

As pessoas não procuram nada. E nem há pessoas aqui em Macedo, que está uma aldeia.”, continuou José Fernando.

“É assim, o tempo também não ajudou muito.

Tem estado muita chuva e muito vento, não se vê muita gente na rua.

E isso faz com que as vendas não aumentem grande coisa.”, é o que pensa Cidália Arrátel.

“Eu acho que é mesmo o fator financeiro.

Porque as pessoas até vêm e dizem que não está caro. Mas, por exemplo, o ano passado por esta altura, a maioria das pessoas não levava uma peça pessoas levavam quatro ou cinco.

Este ano não. Levam uma ou duas peças e ficavam por ali. Não era porque as outras fossem caras, era mesmo porque não podem.

As pessoas estão mais retraídas, nota-se isso.”, declarou Inês Machado, que tem as suas montras a anunciar 50% de reduções.

Os saldos chegam ao fim já dia 28, sem terem servido para ajudar os comerciantes macedenses a insuflar as vendas e a escoar o stock de inverno.

A crise económica, a baixa população e as más condições climatéricas são algumas das causas que os vendedores encontram para a fraca adesão às montras recheadas de reduções.

Escrito por ONDA LIVRE